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23/05/2006 - 10h35

Roland Garros vê o pior Brasil em 21 anos

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TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo

Órfão de Guga, o pior Brasil em 21 anos inicia hoje sua participação no Aberto da França.

Desde 1985, quando Cassio Motta chegou a Roland Garros como o 132º do mundo, o país não entrava no torneio com seu melhor tenista em tão baixa posição no ranking da ATP (órgão que rege o tênis masculino).

Hoje, o brasileiro mais bem colocado é Flávio Saretta, o 87º na lista divulgada ontem pela entidade. No país, apenas ele e Marcos Daniel, o 89º, iniciarão o torneio somente no domingo, já na chave principal.

Os outros quatro tenistas brasileiros lutam a partir de hoje por uma das 16 vagas no qualifying, até sábado: Thiago Alves (132º), Ricardo Mello (143º), André Sá (186º) e Júlio Silva (212º). Gustavo Kuerten, inativo desde fevereiro por dores no quadril, está fora pela primeira vez do Grand Slam que venceu três vezes, transformando Roland Garros no mais importante e representativo torneio para o tênis brasileiro.

"O ranking muda a cada semana, o tênis é um esporte em que o momento conta muito", minimizou Fernando Meligeni. Com dez participações em Roland Garros, de 1993 a 2002, Meligeni, atual capitão da equipe brasileira na Copa Davis, embarca no sábado para Paris.

"Os jogadores da nova geração estão atuando muito bem. Acho que no meio do ano já teremos alguém entre os 50 melhores, ou no mínimo muito perto disso", seguiu o ex-tenista, que fez questão de ressaltar a vitória, ontem, do gaúcho Marcos Daniel sobre o australiano Lleyton Hewitt, ex-número 1 do mundo, atualmente em 14º, no saibro. "Ele merece muitos aplausos pelo que fez."

Cassio Motta, um dos expoentes do tênis brasileiro nos anos 80, evitou falar em decadência ("Não estou muito por dentro"), mas questionou um antigo hábito, atualmente modificado.

"A formação dos tenistas atualmente é cada vez menos feita em clubes. A era Guga passou e nada foi feito em termos de estrutura para melhorar o tênis no Brasil", afirmou Motta, 46, hoje empresário. "O Guga foi um caso isolado, daqueles que surgem apenas um em cada um bilhão."

A seletiva para o Aberto da França não é disputada nas quadras principais de Roland Garros e envolverá 128 inscritos no masculino. Quem sobreviver às três partidas garante uma das vagas para a chave principal. No feminino, serão 96 jogadoras. E 12 lugares.

"Acho que um ou até dois brasileiros podem passar pelo qualifying", previu Meligeni. A rodada final da seletiva terá transmissão da TV Eurosport, principal canal esportivo da Europa.

Mello, que em 2005 era o melhor brasileiro no ranking em Roland Garros --58º--, joga contra o holandês John Van Lottum. Sá pegará Juan Martin Del Potro (Argentina); Silva, o francês Jean-Michel Pequery. Alves jogará contra Dieter Kindlmann, da Alemanha.

Entre as mulheres, a única brasileira no qualifying será Maria Fernanda Alves, a 110ª.

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