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26/05/2006 - 17h19

Por escândalo, jogadores da seleção italiana são hostilizados

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da Ansa, em Florença

Os jogadores Gianluigi Buffon e Fabio Cannavaro, da seleção italiana, sofreram nesta sexta-feira com vaias e gritos hostis em treinamento da equipe, acentuando assim, o clima de tensão que vive a seleção da Itália, afetada pelas denúncias de corrupção que envolvem o futebol local, a apenas 17 dias para sua estréia na Copa do Mundo da Alemanha, contra Gana.

Os dois jogadores foram hostilizados por um grupo de torcedores que assistiu ao treinamento pela manhã, que a equipe realizou no complexo esportivo de Coverciano, em Florença.

Buffon é suspeito de fazer apostas ilegais, e o capitão da seleção italiana, Cannavaro, que aparece nas escutas telefônicas da investigação, defendeu abertamente Luciano Moggi, principal envolvido no caso, antes de ser obrigado na quinta-feira a se retratar publicamente.

A imprensa italiana fala de uma "atmosfera tensa", com jogadores, especialmente da Juventus e do Milan, preocupados com o temor de que apareçam novos elementos que possam envolvê-los.

Esta sexta-feira foi um dia particularmente difícil para o técnico Marcello Lippi, que foi informado enquanto tomava café da manhã, que seu filho Davide foi incluído pela Promotoria de Roma no grupo de investigados pelas atividades ilegais da empresa GEA World, sob a acusação de "associação para delinqüir".

Alguns comentaristas questionam com que ânimo o técnico poderá se dedicar ao estudo de soluções táticas para a Copa. Ao mesmo tempo, destacam os pedidos de sua remoção.

Na quinta-feira, o ex-presidente da Itália Francesco Cossiga classificou como um erro a confirmação de Lippi para o cargo.

Pelo menos metade da seleção italiana estaria se sentindo "sob assédio", já que são dez jogadores que pertencem a Juventus e Milan, os clubes mais comprometidos, e que correm risco de sofrerem punições por práticas corruptas.

Poucos jogadores vivem a fase preparatória com serenidade, entre eles Francesco Totti, Luca Toni, Marco Materazzi, e o goleiro reserva Ângelo Peuzzi, que foram os únicos que receberam aplausos no treino de hoje.

O principal jornal esportivo da Itália, "La Gazzeta dello Sport", falou sobre o "penhasco" que Lippi tem sobre suas costas, e questionou por quanto tempo tanto ele, como os jogadores que dirige, "suportarão o peso que os oprime".

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