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02/06/2006
-
09h47
PAULO GALDIERI
da Folha de S.Paulo
Sete derrotas, apenas quatro pontos conquistados, presença permanente na zona do rebaixamento. Tudo isso fez o Palmeiras temer o que, em tempos menos turbulentos, deveria achar reconfortante: a volta para casa após mais um jogo.
No retorno do Rio, onde quarta-feira perdeu para o Flamengo (2 a 1), o temor de protestos violentos de torcedores fez a delegação palmeirense pedir escolta policial.
Quatro motocicletas e dois carros da Polícia Militar foram solicitados pelo clube para acompanhar o ônibus que levou os jogadores do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, até o centro de treinamento palmeirense, na zona oeste, num trajeto de pouco menos de 30 km.
Mas, apesar de precaução, a equipe não teve a recepção hostil que esperava --aliás, não houve recepção nenhuma.
A única manifestação mais exacerbada ocorreu na noite de quarta. O vidro da guarita do CT foi quebrado por supostos torcedores palmeirenses.
A delegação desembarcou em São Paulo no início da tarde, em horário pouco comum em viagens curtas como esta, entre a capital paulista e a fluminense --é mais comum os times paulistas voltarem do Rio logo após as partidas, ou na manhã seguinte aos confrontos.
A chegada ao CT ocorreu com cerca de uma hora de atraso em relação ao previsto.
Os jogadores se esquivaram das entrevistas. Apenas o volante Wendel deu declarações.
Até o presidente Affonso della Monica alterou ontem a sua rotina. Ao chegar com o time no CT, Della Monica se reuniu com o diretor de futebol Salvador Hugo Palaia e com o vice José Cyrillo Júnior. Mas, ao contrário do que costuma fazer, avisou que não iria ao Parque Antarctica, onde era aguardado por outros diretores.
O desespero palmeirense por causa do pior início de campeonato time num Brasileiro, no entanto, não se retrata apenas no medo de enfrentar a ira do torcedor na volta para casa.
Della Monica já demonstrou a alguns conselheiros sua descrença em uma reação do time, que ainda não conseguiu ficar fora da zona do rebaixamento em nenhuma rodada, antes da parada para a Copa do Mundo. Para o presidente do Palmeiras, uma nova derrota no domingo --quando o time vai até Curitiba pegar o Atlético-PR-- não será surpresa.
Além de enfrentarem a ira da torcida palmeirense nos estádios, dirigentes do clube agora têm recebido telefonemas anônimos em suas casas e celulares para que deixem seus cargos.
Membros da diretoria dizem já ter até recebido ameaça de morte. Na semana passada, após a goleada sofrida frente ao São Paulo, alguns sites de torcedores chegaram a divulgar os telefones de membros da cúpula palmeirense.
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Palmeiras ganha escolta policial no retorno para São Paulo
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da Folha de S.Paulo
Sete derrotas, apenas quatro pontos conquistados, presença permanente na zona do rebaixamento. Tudo isso fez o Palmeiras temer o que, em tempos menos turbulentos, deveria achar reconfortante: a volta para casa após mais um jogo.
No retorno do Rio, onde quarta-feira perdeu para o Flamengo (2 a 1), o temor de protestos violentos de torcedores fez a delegação palmeirense pedir escolta policial.
Quatro motocicletas e dois carros da Polícia Militar foram solicitados pelo clube para acompanhar o ônibus que levou os jogadores do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, até o centro de treinamento palmeirense, na zona oeste, num trajeto de pouco menos de 30 km.
Mas, apesar de precaução, a equipe não teve a recepção hostil que esperava --aliás, não houve recepção nenhuma.
A única manifestação mais exacerbada ocorreu na noite de quarta. O vidro da guarita do CT foi quebrado por supostos torcedores palmeirenses.
A delegação desembarcou em São Paulo no início da tarde, em horário pouco comum em viagens curtas como esta, entre a capital paulista e a fluminense --é mais comum os times paulistas voltarem do Rio logo após as partidas, ou na manhã seguinte aos confrontos.
A chegada ao CT ocorreu com cerca de uma hora de atraso em relação ao previsto.
Os jogadores se esquivaram das entrevistas. Apenas o volante Wendel deu declarações.
Até o presidente Affonso della Monica alterou ontem a sua rotina. Ao chegar com o time no CT, Della Monica se reuniu com o diretor de futebol Salvador Hugo Palaia e com o vice José Cyrillo Júnior. Mas, ao contrário do que costuma fazer, avisou que não iria ao Parque Antarctica, onde era aguardado por outros diretores.
O desespero palmeirense por causa do pior início de campeonato time num Brasileiro, no entanto, não se retrata apenas no medo de enfrentar a ira do torcedor na volta para casa.
Della Monica já demonstrou a alguns conselheiros sua descrença em uma reação do time, que ainda não conseguiu ficar fora da zona do rebaixamento em nenhuma rodada, antes da parada para a Copa do Mundo. Para o presidente do Palmeiras, uma nova derrota no domingo --quando o time vai até Curitiba pegar o Atlético-PR-- não será surpresa.
Além de enfrentarem a ira da torcida palmeirense nos estádios, dirigentes do clube agora têm recebido telefonemas anônimos em suas casas e celulares para que deixem seus cargos.
Membros da diretoria dizem já ter até recebido ameaça de morte. Na semana passada, após a goleada sofrida frente ao São Paulo, alguns sites de torcedores chegaram a divulgar os telefones de membros da cúpula palmeirense.
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