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07/06/2006 - 16h07

Ataque brasileiro vai contra tendência mundial

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RAFAEL REIS
da Folha Online

Além do já tão comentado "quadrado mágico", a seleção brasileira, que irá tentar a conquista do hexacampeonato mundial, na Alemanha, terá uma outra peculiaridade tática: a utilização de uma dupla de ataque formada por dois centroavantes típicos.

Principais responsáveis pelos gols da equipe de Carlos Alberto Parreira, Ronaldo (1,83 m e 82 kg) e Adriano (1,89 m e 86 kg) têm características parecidas --são fortes e fazem da explosão física a principal virtude.

Este "fenômeno" é bastante anormal entre as principais seleções que irão disputar a Copa do Mundo. A maioria das outras favoritas ao título tem ataques formados por uma mescla entre atacantes mais leves e velozes e centroavantes.

Um dos principais exemplos desta tendência é a seleção argentina. A equipe que deve entrar em campo no próximo sábado, quando o time enfrenta a Costa do Marfim em sua estréia no Mundial, terá Crespo, um atacante com características ofensivas parecidas com a de Adriano, ao lado de Saviola, de apenas 1,69 m e 62 kg.

Marcelo Sayão/Efe

Ronaldo e Adriano treinam em Königstein(ALE)


A mesma linha é seguida pela República Tcheca, que, apesar de contar com Koller, um dos mais altos e pesados jogadores da competição, como principal nome ofensivo, não abre mão de Milan Baros, um atacante veloz, que costuma recuar para armar jogadas.

Quem também pode adotar postura semelhante é a França. Com Thierry Henry, que, apesar da boa postura física, não pode ser considerado um centroavante, como titular garantido, o time de Raymond Domenech ainda não decidiu qual será o seu outro homem de frente.

Louis Saha e Djibril Cissé, atacantes de movimentação, além de David Trezeguet, este sim um centroavante típico, são as opções mais prováveis.

Outras seleções, como Holanda, Portugal e Espanha, devem jogar jogar no esquema 4-3-3, que permite a escalação de um centroavante pelo meio com dois atacantes abertos pela ponta, como fazem os holandeses e portugueses, ou de três homens mais técnicos e velozes, como a linha de frente espanhola, formada por Fernando Torres, David Villa e Raúl.

Talvez a equipe que tenha uma formação ofensiva mais parecida com a do Brasil seja a Itália, que deve utilizar Luca Toni (1,94 m e 89 kg) e Alberto Gilardino (1,85 m e 78 kg), que, mesmo não sendo tão pesado, não é um jogador de grande movimentação. Apesar disto, quando comparado a Ronaldo, o "rótulo" de centroavante não serve a Gilardino.

Se mudar de idéia e passar a adotar uma linha mais próxima à das outras equipes, Parreira terá poucas opções, basicamente duas, para mudar a equipe.

A primeira seria adiantar Ronaldinho para o ataque, posição em que o jogador eleito o melhor do mundo nos dois últimos anos atua em seu clube, o Barcelona.

A outra alternativa, que parece mais próxima, é a substituição de Ronaldo ou Adriano por Robinho, bem mais baixo, leve e veloz.

No segundo tempo da goleada por 4 a 0 sobre a Nova Zelândia, em amistoso disputado no último domingo, a equipe jogou desta maneira, e o que se viu foi um desempenho bem superior ao da etapa inicial, quando o time usou a formação tradicional.

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