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08/06/2006 - 06h01

Carlos Sarli: Pista livre

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CARLOS SARLI
Colunista da Folha

No fim de 2002, uma pesquisa realizada pelo Datafolha apurou que em 6% dos domicílios do país havia ao menos um praticante de skate, percentual que indicava 2,7 milhões de praticantes. Outra pesquisa, esta realizada pela Prefeitura de São Paulo, constatou que o skate era o segundo esporte mais praticado nas escolas municipais, perdendo apenas para futebol. Esses dados chamaram a atenção da então prefeita Marta Suplicy, que, incentivada por uma disputa política, decidiu investir no esporte.

Foram construídas 42 pistas, boa parte na periferia da cidade e nos CEUs, para tirar a molecada da rua. Esporte popular nas classes menos favorecidas, o projeto funcionou e logo prefeitos de todos os cantos se encantaram com a idéia. E para a sorte dos amantes dos carrinhos o número de pistas construídas pelas prefeituras triplicou nos últimos anos.

Segundo o "Guia de Pistas 100% Skate" (200 páginas, R$ 7,90 nas bancas), o número já passa de 1000, 1024 para ser fiel ao levantamento que contempla pistas e picos - ruas, praças, escadarias, entre outras áreas públicas. "Pista de skate é onde a galera se reúne", define Alexandre Vianna, editor do guia, que chega à sua terceira edição.

O catálogo é resultado de cinco anos de levantamento e surpreende pela abrangência e riqueza de detalhes. Numa rápida consulta é possível saber que a histórica pista de São Bernardo do Campo (SP) está em reforma e que em breve estará em plena atividade; que em Aracaju (SE) foi construída a maior pista do Brasil, com 4 mil metros quadrados; que Chorão, do Charlie Brown Junior, cansado da falta de opção em Santos (SP), construiu uma pista e mantém uma escolinha para crianças carentes; e que até no Amapá existem algumas opções para deslizar sobre a pranchinha.

No guia, também se constata que hoje existe uma indústria especializada em construção de pistas, e que George Rotatori, o mais solicitado arquiteto do segmento, por falta de tempo para atender à demanda abriu a oportunidade para outros e já tem vários concorrentes.

O negócio é tão sério que em Shangai, China, o governo investiu US$ 12 milhões para construir a maior pista do mundo, com 13.700 metros quadrados. Além de grande, a pista desenvolvida por uma equipe australiana é bastante técnica até mesmo para padrões profissionais, e os chineses, iniciantes no esporte, estão quebrando alguns ossos para dominar a arte de deslizar sobre o carrinho.

Com idade média dos praticantes na faixa de 15 anos e cerca de 87% abaixo dos 20 anos, dados da pesquisa Datafolha, é bom saber que esta molecada terá muito mais oportunidade para desenvolver suas habilidades do que as gerações anteriores. E se estas, com todas as limitações que experimentaram, conseguiram títulos mundiais e reconhecimento internacional, para as futuras a pista está livre para voar.

Billabong Costa do Sauípe
Surfistas de 20 países já estão inscritos no WQS cinco estrelas, que começa segunda-feira na Bahia. Neco Padaratz, suspenso por doping em 2005, é o melhor brasileiro no ranking de acesso (12º).

King of Groms
Garotos de até 15 anos encararam ondas de gente grande na Macumba, Rio, na seletiva do evento organizado pela Quiksilver e que será decidido na França em agosto. O Brasil, que venceu duas das três edições realizadas, será representado pelo pernambucano Luel Felipe, 14.

Ok Dok paulista de surf
Maresias com altas ondas e Ricardo Toledo foram os destaques da primeira etapa do Estadual. Toledo venceu na open e ficou em quinto na master e no longboard.

E-mail: sarli@trip.com.br
 

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