Publicidade
Publicidade
12/06/2006
-
08h15
THIAGO BARROS RIBEIRO
da Folha Online
Quando entrar em campo hoje, no estádio de Hannover, para sua estréia na Copa do Mundo, contra Gana, a Itália estará cercada por problemas, tanto dentro como fora de campo.
Porém, o que poderia ser visto como obstáculo para o tetracampeonato mundial, virou combustível para a superstição italiana, que usa as semelhanças entre 2006 e 1982 para construir um enredo que termina com a conquista do título na Alemanha.
Dentro de campo, embora a Itália não possa contar com o lateral Zambrotta e o volante Gattuso para a estréia, quem mais preocupa é Francesco Totti. O meia-atacante da Roma, aposta do treinador Marcello Lippi para comandar o time, recuperou-se recentemente de uma fratura na perna esquerda e, embora sua escalação hoje seja provável, ele próprio reconhece não estar em condições ideais.
Aqui, a primeira semelhança com 1982. Naquele ano, o atacante Paolo Rossi, principal jogador da Itália, também não estava em suas melhores condições para o início do Mundial. Terminou como carrasco da seleção de Telê Santana e, com seis gols, foi o artilheiro da Copa da Espanha.
Fora de campo, a Itália chegou à Alemanha em meio ao maior escândalo da história de seu futebol, que inclui fabricação de resultados de jogos, apostas ilegais e balanços adulterados. O goleiro titular da equipe, Gianluigi Buffon, poderia estar envolvido no esquema de apostas de jogos.
Continuando a analogia com o passado, no início dos anos 80 foi descoberto aquele que, até este ano, era considerado o mais grave escândalo do futebol italiano, num cenário semelhante ao atual, que acertava em cheio times e jogadores importantes, como Paolo Rossi, todos participantes de um esquema de manipulação de resultados de partidas.
Para completar as similaridades, no último amistoso antes da Copa de 1982, a Itália empatou por 1 a 1 com a Suíça, em Genebra. Neste ano, mais uma vez no período final de preparação, a Itália pegou a Suíça no estádio de Genebra. O resultado de 1 a 1 foi mais comemorado do que uma vitória por muitos italianos supersticiosos.
Com tudo isso, embora a vitória seja o objetivo, um empate não seria de todo o mal para os italianos, nesta tarde. Em 1982, na primeira fase da Copa, a Itália empatou com Camarões antes de arrancar para o título.
Adversária da Itália em Hannover, a seleção de Gana chega de forma tardia a um Mundial, depois de ter realizado várias boas campanhas com suas equipes inferiores em Mundiais sub-20.
Após a excelente campanha de Camarões na Copa da Itália, em 1990, a maior parte dos analistas apostava que Gana seria o próximo time africano a fazer bonito num Mundial. Baseavam-se não apenas no desempenho de suas equipes em competições juniores, mas também em nomes como Abedi Pelé e Anthony Yeboah, que começavam a fazer sucesso no futebol europeu.
Para se ter uma idéia do poderio de Gana --que hoje poderá entrar em campo com força máxima-- em Mundiais sub-20, desde 1993 o país foi duas vezes vice-campeão (em 1993 e 2001, perdendo para Brasil e Argentina, respectivamente), uma vez semifinalista (1997) e outra quadrifinalista (em 1999, tendo perdido para a futura campeã Espanha).
O elenco que representa o país africano na Alemanha é composto por oito jogadores do time vice-campeão sub-20, em 2001, e tem como destaques o zagueiro Kuffour, da Roma, e os meias Appiah, ex-Juventus e atualmente no Fenerbahçe (TUR), e Essien, que foi do Lyon para o Chelsea por 35 milhões de euros (mais de R$ 100 milhões), na transferência mais cara envolvendo um jogador africano até hoje.
Com esse retrospecto nas categorias inferiores e jogadores com experiência nos grandes times europeus, Gana quer começar a mostrar contra a Itália que é também capaz de conseguir um bom resultado no maior torneio de futebol do planeta.
Para os brasileiros, mais um ingrediente para acompanhar com atenção o jogo desta tarde, em Hannover. O árbitro Carlos Eugênio Simon será o responsável pela condução da partida, auxiliado por Aristeu Tavares e Ednílson Corona.
ITÁLIA
Buffon; Zaccardo, Nesta, Cannavaro e Grosso; De Rossi, Camoranesi e Pirlo; Totti; Gilardino e Toni.
Técnico: Marcello Lippi
GANA
Kingston; Pappoe, Kuffour, Quaye e Mensah; Muntari, Essien, Appiah e Gyan; Pimpong e Amoah.
Técnico: Ratomir Dujkovic
Local: AWD Arena, em Hannover
Horário: 16h
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (BRA)
Na TV:Band Sports, Directv, ESPN Brasil, Globo e Sportv
Especial
Veja o perfil da Itália
Veja o perfil de Gana
Leia o que já foi publicado sobre o Grupo E
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Itália estréia contra Gana tendo 1982 como fonte de inspiração
Publicidade
da Folha Online
Quando entrar em campo hoje, no estádio de Hannover, para sua estréia na Copa do Mundo, contra Gana, a Itália estará cercada por problemas, tanto dentro como fora de campo.
Porém, o que poderia ser visto como obstáculo para o tetracampeonato mundial, virou combustível para a superstição italiana, que usa as semelhanças entre 2006 e 1982 para construir um enredo que termina com a conquista do título na Alemanha.
Dentro de campo, embora a Itália não possa contar com o lateral Zambrotta e o volante Gattuso para a estréia, quem mais preocupa é Francesco Totti. O meia-atacante da Roma, aposta do treinador Marcello Lippi para comandar o time, recuperou-se recentemente de uma fratura na perna esquerda e, embora sua escalação hoje seja provável, ele próprio reconhece não estar em condições ideais.
Aqui, a primeira semelhança com 1982. Naquele ano, o atacante Paolo Rossi, principal jogador da Itália, também não estava em suas melhores condições para o início do Mundial. Terminou como carrasco da seleção de Telê Santana e, com seis gols, foi o artilheiro da Copa da Espanha.
Fora de campo, a Itália chegou à Alemanha em meio ao maior escândalo da história de seu futebol, que inclui fabricação de resultados de jogos, apostas ilegais e balanços adulterados. O goleiro titular da equipe, Gianluigi Buffon, poderia estar envolvido no esquema de apostas de jogos.
Continuando a analogia com o passado, no início dos anos 80 foi descoberto aquele que, até este ano, era considerado o mais grave escândalo do futebol italiano, num cenário semelhante ao atual, que acertava em cheio times e jogadores importantes, como Paolo Rossi, todos participantes de um esquema de manipulação de resultados de partidas.
Para completar as similaridades, no último amistoso antes da Copa de 1982, a Itália empatou por 1 a 1 com a Suíça, em Genebra. Neste ano, mais uma vez no período final de preparação, a Itália pegou a Suíça no estádio de Genebra. O resultado de 1 a 1 foi mais comemorado do que uma vitória por muitos italianos supersticiosos.
Com tudo isso, embora a vitória seja o objetivo, um empate não seria de todo o mal para os italianos, nesta tarde. Em 1982, na primeira fase da Copa, a Itália empatou com Camarões antes de arrancar para o título.
Adversária da Itália em Hannover, a seleção de Gana chega de forma tardia a um Mundial, depois de ter realizado várias boas campanhas com suas equipes inferiores em Mundiais sub-20.
Após a excelente campanha de Camarões na Copa da Itália, em 1990, a maior parte dos analistas apostava que Gana seria o próximo time africano a fazer bonito num Mundial. Baseavam-se não apenas no desempenho de suas equipes em competições juniores, mas também em nomes como Abedi Pelé e Anthony Yeboah, que começavam a fazer sucesso no futebol europeu.
Para se ter uma idéia do poderio de Gana --que hoje poderá entrar em campo com força máxima-- em Mundiais sub-20, desde 1993 o país foi duas vezes vice-campeão (em 1993 e 2001, perdendo para Brasil e Argentina, respectivamente), uma vez semifinalista (1997) e outra quadrifinalista (em 1999, tendo perdido para a futura campeã Espanha).
O elenco que representa o país africano na Alemanha é composto por oito jogadores do time vice-campeão sub-20, em 2001, e tem como destaques o zagueiro Kuffour, da Roma, e os meias Appiah, ex-Juventus e atualmente no Fenerbahçe (TUR), e Essien, que foi do Lyon para o Chelsea por 35 milhões de euros (mais de R$ 100 milhões), na transferência mais cara envolvendo um jogador africano até hoje.
Com esse retrospecto nas categorias inferiores e jogadores com experiência nos grandes times europeus, Gana quer começar a mostrar contra a Itália que é também capaz de conseguir um bom resultado no maior torneio de futebol do planeta.
Para os brasileiros, mais um ingrediente para acompanhar com atenção o jogo desta tarde, em Hannover. O árbitro Carlos Eugênio Simon será o responsável pela condução da partida, auxiliado por Aristeu Tavares e Ednílson Corona.
ITÁLIA
Buffon; Zaccardo, Nesta, Cannavaro e Grosso; De Rossi, Camoranesi e Pirlo; Totti; Gilardino e Toni.
Técnico: Marcello Lippi
GANA
Kingston; Pappoe, Kuffour, Quaye e Mensah; Muntari, Essien, Appiah e Gyan; Pimpong e Amoah.
Técnico: Ratomir Dujkovic
Local: AWD Arena, em Hannover
Horário: 16h
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (BRA)
Na TV:Band Sports, Directv, ESPN Brasil, Globo e Sportv
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas