13/06/2006 - 06h01

Terror dos goleiros, bola da Copa pode ser trunfo para Ronaldinho

EDUARDO VIEIRA DA COSTA
Editor de Esporte da Folha Online, em Berlim

Terror para muitos goleiros, a bola que está sendo usada na Copa-2006 pode ser um trunfo para o meia-atacante Ronaldinho. O jogador tem treinado muito cobranças de falta e chutes de longa e média distância para se adaptar à Teamgeist, da Adidas.

Segundo o astro do Barcelona, acostumado a fazer gols de falta, a bola do Mundial faz muita curva. "Ela é bem diferente da bola que a gente está acostumado a jogar no Campeonato Espanhol, e por isso a gente sempre procura, depois dos treinos, ficar ali um pouco mais para treinar a batida na bola."

"É uma bola que, se chutar de longe, faz muita curva até chegar no gol, então a gente vem treinando bastante chute de meia distância, de longa distância, porque a gente já viu que no começo da Copa está todo mundo chutando", continuou.

Ouça Ronaldinho falar da bola

O goleiro alemão Lehmann foi um dos que reclamou da Teamgeist, considerada leve. "É uma bola para os jogadores de linha e para a torcida, não para os goleiros", disse. "Quando chove, a bola fica molhada e veloz, o que não será confortável para nós", continuou.

O reserva do gol do Brasil, Rogério Ceni, também fez críticas. "A bola é leve, mas as que usamos no Brasil também são. Ela é sintética, então tem menos aderência no molhado. Vamos ter que treinar bastante para nos adaptar a ela", disse o são-paulino, ainda no início dos treinamentos.

A Adidas divulgou que mandou no começo do ano 20 unidades da bola para cada país classificado para o Mundial, para que os jogadores se adaptassem.

A maior parte dos jogadores brasileiros, no entanto, preferiu não criar polêmicas sobre a bola. O atacante Fred foi um dos poucos que falou. "A bola é leve e boa para chutar. Não sei é se os goleiros vão gostar", disse.

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