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13/06/2006
-
18h27
ALEC DUARTE
da Folha de S.Paulo
Poucos jogadores da seleção conseguiram escapar do toque afeminado que a narração do jogo no idioma croata conferiu aos brasileiros.
E não foi culpa do pessoal da rádio Split FM (Split é a segunda maior cidade do país, com 200 mil habitantes).
Eles bem que se esforçaram. O problema é a pronúncia dos nomes em português: quase todos acabam ganhando um "a" no final.
Assim, não deixou de ser engraçado ouvir, entre milhares de palavras incompreensíveis, a descrição de jogadas armadas por "Zé Roberta", que passava para "Adriana", que devolvia a "Ronalda", que recuava a "Juana", que tocava para "Lúcia".
Só Dida, Cafu e Kaká --que salvou a seleção-- escaparam da impropriedade.
O trabalho dos radialistas croatas, apesar de lembrar uma transmissão de TV, foi longe de ser sóbrio. Evidente: só quando o time deles chegava perto do gol, o que ocorreu com mais freqüência no segundo tempo.
Enquanto vivíamos a fase do "neima golova" (algo como "nenhum gol", quando o jogo estava 0 a 0), eles --eram dois narradores, que se revezavam a cada cinco minutos, em média-- brincavam e riam.
De repente, Kaká. Ao gol sucederam-se segundos de silêncio. E vozes com entonação irritada.
Opine: quem foi o melhor da seleção na vitória sobre a Croácia?
Especial
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Narração croata dá toque afeminado ao Brasil
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da Folha de S.Paulo
Poucos jogadores da seleção conseguiram escapar do toque afeminado que a narração do jogo no idioma croata conferiu aos brasileiros.
E não foi culpa do pessoal da rádio Split FM (Split é a segunda maior cidade do país, com 200 mil habitantes).
Eles bem que se esforçaram. O problema é a pronúncia dos nomes em português: quase todos acabam ganhando um "a" no final.
Assim, não deixou de ser engraçado ouvir, entre milhares de palavras incompreensíveis, a descrição de jogadas armadas por "Zé Roberta", que passava para "Adriana", que devolvia a "Ronalda", que recuava a "Juana", que tocava para "Lúcia".
Só Dida, Cafu e Kaká --que salvou a seleção-- escaparam da impropriedade.
O trabalho dos radialistas croatas, apesar de lembrar uma transmissão de TV, foi longe de ser sóbrio. Evidente: só quando o time deles chegava perto do gol, o que ocorreu com mais freqüência no segundo tempo.
Enquanto vivíamos a fase do "neima golova" (algo como "nenhum gol", quando o jogo estava 0 a 0), eles --eram dois narradores, que se revezavam a cada cinco minutos, em média-- brincavam e riam.
De repente, Kaká. Ao gol sucederam-se segundos de silêncio. E vozes com entonação irritada.
Opine: quem foi o melhor da seleção na vitória sobre a Croácia?
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