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18/06/2006 - 08h39

Itália vira "dream team" na Parada Gay

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DÉBORA YURI
da Folha de S.Paulo

Copa é Copa. Ainda mais no Brasil. E São Paulo, que se orgulha de ter a maior parada gay do mundo, rendeu-se ao maior espetáculo esportivo da Terra.

"Não entendo nada de futebol. Mas de homem eu entendo!", gritava ontem o estudante Thiago Allison, 18, com camisa da seleção italiana, na "concentração" da décima edição da Parada do Orgulho GLBT.

Não existe torcedor vira-casaca? Bem, entre esse público, nada é impossível. Diz Thiago: "Olha, prefiro mesmo os ingleses, por causa do Beckham, que é uma delícia. O time do Brasil? Só tem homem feio".

Para os gays, o embate entre os galãs italianos vestidos de Dolce & Gabbana e a Inglaterra do símbolo sexual David Beckham seria a final dos sonhos do Mundial.

"Sou fã do David", diz o acupunturista Luciano Monteiro, 35, blusão da Inglaterra. Ele se empolga quando cita outras seleções "tudo de bom": a portuguesa e a italiana, claro.

No geral, o verde-e-amarelo predominava na Paulista tomada por gays, lésbicas, bissexuais, suspeitos e curiosos. Mas, no ranking da "gostosura", italianos, ingleses, portugueses e franceses eram os queridinhos do povo.

Com camisa da Espanha, André Fraga, 24, dizia ser fã de Beckham: "Odeio futebol, só sei que ele é maravilhoso". Acha que o capitão inglês joga bem? "Não sei. Nunca vi ele jogando."

"O verdadeiro fenômeno é a seleção italiana", sentencia Junior, 22, que pediu para esconder a identidade porque os pais não sabem que é gay.

Qual é o melhor deles? "Não preciso nem saber os nomes, são todos ma-ra-vi-lho-sos. O Beckham, da Alemanha [?], é outro fenômeno. Já o nosso Fenômeno tá um balãozinho", gargalha.

Até entre as lésbicas a Itália faz sucesso. "Eu gosto de mulher, mas reconheço que os italianos são bonitos", diz Regiane Pereira do Carmo, 28, dançando "Hung Up", de Madonna, com a namorada.

Aline Oliveira, 20, lésbica e "louca pelo Palmeiras", acha o alemão Michael Ballack "um gato". Também curte o argentino Hernan Crespo. E a tricampeã Azzurra, onipresente na Parada Gay da maior cidade do país que só fala em hexa.

"Mas prefiro as mulheres italianas aos homens", ressalta Aline. "A seleção feminina de vôlei de lá é show de bola."

Ao menos ontem, na Paulista, a pátria de chuteiras vestiu plumas, paetês e muitas camisas da Itália. E a massa fervida da parada ainda deixou para escanteio gente como o paraguaio Roque Santa Cruz, o sueco Ljungberg, o espanhol Fernando Torres... Olho na Copa!

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