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23/06/2006
-
06h51
MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo
A Ucrânia poderá se tornar hoje a primeira das antigas repúblicas da extinta União Soviética a alcançar uma vaga para as oitavas-de-final de uma Copa.
E poderá atingir o feito na histórica Berlim, palco da partida de hoje contra a Tunísia, pela última rodada do Grupo H.
Em 1989, a queda do muro que dividia a cidade entre Alemanha Ocidental e Oriental foi um dos fatores que influenciaram na desintegração da União Soviética, berço do comunismo mundial, dois anos depois.
Uma vitória classificará o time. Se houver empate, os ucranianos só não conseguem a vaga no mata-mata se a Arábia Saudita aplicar uma improvável goleada na já classificada Espanha.
Antes da Ucrânia, apenas uma ex-república soviética, a Rússia, participou do Mundial. O país foi a duas Copas do Mundo (1994 e 2002) e em ambas não passou da primeira fase.
Os ucranianos começaram mal a competição ao serem goleados pela Espanha por 4 a 0. No entanto, se recuperaram na segunda rodada ao aplicar o mesmo placar nos sauditas.
A Ucrânia sempre foi um dos principais celeiros de jogadores para a antiga União Soviética. O seu próprio treinador, Oleg Blokhin, foi um dos maiores craques do extinto país comunista. Ele foi eleito o melhor jogador da Europa em 1975 e integrou a seleção soviética na Copa do Mundo de 1982.
A ligação com os antigos compatriotas permanece forte, tanto que uma pesquisa feita na Rússia antes da competição indicou que 50% da população torceria para a Ucrânia.
Apesar de o empate praticamente garantir a vaga ao país, o principal jogador da equipe, o atacante Shevchenko, disse que a Ucrânia não entrará em campo preocupada apenas em não perder o jogo.
"Não acho que nenhum jogador vai para uma partida pensando em empatar, porque ele sabe que pode acabar perdendo", declarou. Criticado após a má atuação contra a Espanha, o jogador teve participação destacada contra a Arábia Saudita, tendo feito um dos gols.
Blokhin pediu concentração aos jogadores depois da goleada sobre a Arábia que deixou o grupo eufórico. "Temos que voltar à realidade", alertou.
Para o comandante ucraniano, a Tunísia é um adversário de respeito. "Eles contam com um grande treinador [o francês Roger Lemerre]. É uma equipe forte, com vários jogadores atuando na Europa."
Na Tunísia, a novidade pode ser o brasileiro Francileudo dos Santos. Ontem, ele treinou com bola pela primeira vez desde que começou a Copa do Mundo e poderá reforçar o ataque. O técnico Roger Lemerre deve decidir pelo seu aproveitamento minutos antes do início do jogo.
Os tunisianos precisam da vitória para obter a vaga. O problema é que não vencem em Copas desde 1978, na Argentina, quando bateram o México por 3 a 1.
UCRÂNIA
Shovkovskyi, Nesmachnyi, Rusol, Vashchyuk e Tymoschuk; Kalinichenko, Shelayev, Gusiev e Rebrov; Voronin e Shevchenko.
Técnico: Oleg Blokhin.
TUNÍSIA
Boumnijel, Trabelsi, Jaidi, Hagui e Ayari; Bouazizi, Chedli, Minari e Namouchi; Nafti (Santos) e Jaziri.
Técnico: Roger Lemerre.
Local: estádio de Berlim
Horário: 11h
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Na TV: ESPN Brasil 2, Sportv 2 e Directv
Especial
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Ucrânia pode ser 1ª ex-república da URSS a avançar às oitavas na Copa
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da Folha de S.Paulo
A Ucrânia poderá se tornar hoje a primeira das antigas repúblicas da extinta União Soviética a alcançar uma vaga para as oitavas-de-final de uma Copa.
E poderá atingir o feito na histórica Berlim, palco da partida de hoje contra a Tunísia, pela última rodada do Grupo H.
Em 1989, a queda do muro que dividia a cidade entre Alemanha Ocidental e Oriental foi um dos fatores que influenciaram na desintegração da União Soviética, berço do comunismo mundial, dois anos depois.
Uma vitória classificará o time. Se houver empate, os ucranianos só não conseguem a vaga no mata-mata se a Arábia Saudita aplicar uma improvável goleada na já classificada Espanha.
Antes da Ucrânia, apenas uma ex-república soviética, a Rússia, participou do Mundial. O país foi a duas Copas do Mundo (1994 e 2002) e em ambas não passou da primeira fase.
Os ucranianos começaram mal a competição ao serem goleados pela Espanha por 4 a 0. No entanto, se recuperaram na segunda rodada ao aplicar o mesmo placar nos sauditas.
A Ucrânia sempre foi um dos principais celeiros de jogadores para a antiga União Soviética. O seu próprio treinador, Oleg Blokhin, foi um dos maiores craques do extinto país comunista. Ele foi eleito o melhor jogador da Europa em 1975 e integrou a seleção soviética na Copa do Mundo de 1982.
A ligação com os antigos compatriotas permanece forte, tanto que uma pesquisa feita na Rússia antes da competição indicou que 50% da população torceria para a Ucrânia.
Apesar de o empate praticamente garantir a vaga ao país, o principal jogador da equipe, o atacante Shevchenko, disse que a Ucrânia não entrará em campo preocupada apenas em não perder o jogo.
"Não acho que nenhum jogador vai para uma partida pensando em empatar, porque ele sabe que pode acabar perdendo", declarou. Criticado após a má atuação contra a Espanha, o jogador teve participação destacada contra a Arábia Saudita, tendo feito um dos gols.
Blokhin pediu concentração aos jogadores depois da goleada sobre a Arábia que deixou o grupo eufórico. "Temos que voltar à realidade", alertou.
Para o comandante ucraniano, a Tunísia é um adversário de respeito. "Eles contam com um grande treinador [o francês Roger Lemerre]. É uma equipe forte, com vários jogadores atuando na Europa."
Na Tunísia, a novidade pode ser o brasileiro Francileudo dos Santos. Ontem, ele treinou com bola pela primeira vez desde que começou a Copa do Mundo e poderá reforçar o ataque. O técnico Roger Lemerre deve decidir pelo seu aproveitamento minutos antes do início do jogo.
Os tunisianos precisam da vitória para obter a vaga. O problema é que não vencem em Copas desde 1978, na Argentina, quando bateram o México por 3 a 1.
UCRÂNIA
Shovkovskyi, Nesmachnyi, Rusol, Vashchyuk e Tymoschuk; Kalinichenko, Shelayev, Gusiev e Rebrov; Voronin e Shevchenko.
Técnico: Oleg Blokhin.
TUNÍSIA
Boumnijel, Trabelsi, Jaidi, Hagui e Ayari; Bouazizi, Chedli, Minari e Namouchi; Nafti (Santos) e Jaziri.
Técnico: Roger Lemerre.
Local: estádio de Berlim
Horário: 11h
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Na TV: ESPN Brasil 2, Sportv 2 e Directv
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