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24/06/2006 - 07h00

Passado e presente fazem da Argentina favorita contra o México

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THIAGO BARROS RIBEIRO
da Folha Online

Quando entrarem hoje no gramado do estádio de Leipzig, às 16h de Brasília, para definirem quem dos dois continuará vivo no Mundial-06, Argentina e México, por seus retrospectos históricos em Copas e pelas atuações em terras alemãs, têm tudo para protagonizar um dos duelos mais previsíveis das oitavas-de-final do torneio.

Historicamente, a seleção argentina, que carrega vantagem nos 23 jogos já disputados contra os mexicanos --oito vitórias, 11 empates e quatro derrotas--, venceu todas as partidas que realizou contra adversários provenientes da Concacaf em Copas. O primeiro confronto aconteceu contra o próprio México, no distante Mundial de 1930. Jogando em Montevidéu, os argentinos fizeram 6 a 3.

De lá para cá, foram mais quatro jogos e outras quatro vitórias, diante de Estados Unidos (1930), Haiti (1974), El Salvador (1982) e Jamaica (1998). Somadas as partidas, a Argentina anotou 23 gols e sofreu apenas cinco tentos, algo que demonstra a supremacia dos sul-americanos sobre rivais da Concacaf.

Por seu lado, o México não costuma ser muito feliz quando tem pela frente um adversário da América do Sul em uma Copa do Mundo. Além da derrota em 1930 para a Argentina, foram mais sete jogos, com quatro derrotas, dois empates e apenas uma vitória, somando seis gols marcados e 22 sofridos.

Menos mal para os mexicanos que, desde 1962, quando perderam para o Brasil por 2 a 0, acumulam seus melhores resultados contra os sul-americanos, justamente os dois empates --Uruguai (1966) e Paraguai (1986)-- e a única vitória, sobre o Equador, em 2002, por 2 a 1.

Ainda em termos históricos, desde que passou a existir a fase de oitavas-de-final com jogos eliminatórios, na Copa do Mundo de 1986, a Argentina esteve presente em quatro oportunidades e saiu derrotada apenas em 1994, contra a Romênia, por 3 a 2.

Já o México, que também chegou quatro vezes às oitavas-de-final, tem retrospecto exatamente inverso ao argentino, tendo obtido êxito apenas em 1986, quando, jogando em casa, passou pela Bulgária por 2 a 0.

Se o passado em Copas é bastante favorável à Argentina, com o presente não é diferente. Na Alemanha, a Argentina comandada por José Pekerman foi uma das seleções que mais agradou na primeira fase, sendo aclamada por muitos como a grande favorita a conquistar o título depois da ótima atuação diante de Sérvia e Montenegro, em que conseguiu fazer seis gols naquela que, até então, era considerada uma das melhores defesas do mundo.

A situação do México não poderia ser mais distinta. Depois de realizarem com o técnico Ricardo La Volpe a mais longa preparação para o torneio entre todas as equipes do Mundial, os atletas mexicanos decepcionaram durante toda a primeira fase, apresentando um desempenho muito abaixo do esperado, que não foi capaz de superar nem a estreante Angola.

Para a partida de logo mais, o México espera que a volta do atacante Jared Borgetti, recuperado de contusão sofrida na estréia, diante do Irã, ajude o time a reencontrar os raros momentos de bom futebol que exibiu contra os próprios iranianos e que acabaram garantindo sua classificação às oitavas.

Na Argentina, que, do time ideal imaginado por Pekerman, não poderá contar apenas com o defensor Burdisso, que, contundido contra a Holanda, deverá ser substituído por Coloccini, o desafio é não permitir que esse amplo favoritismo se transforme no excesso de confiança que tantas vezes na história do futebol fez com que vitórias certas virassem derrotas inesquecíveis.

ARGENTINA
Abbondanzieri; Coloccini, Ayala, Heinze e Sorín; Mascherano, Cabiasso, Maxi Rodríguez e Riquelme; Saviola e Crespo.
Técnico: José Pekerman

MÉXICO
Sánchez; Méndez, Osorio, Rafa Márquez e Salcido; Pineda, Torrado, Pardo e Bravo; Fonseca e Borgetti.
Técnico: Ricardo La Volpe

Local: Zentralstadion, em Leipzig
Horário: 16h
Árbitro: Massimo Busacca (SUI)
Na TV: BandSports, Directv, ESPN Brasil, Globo e Sportv

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