Publicidade
Publicidade
29/06/2006
-
11h50
FERNANDO VALEIKA DE BARROS
da Folha de S.Paulo, em Hamelin
Contestado até as oitavas-de-final, o técnico da França, Raymond Domenech, agora já projeta sua equipe na final. Na entrevista, ele fala sobre a provocação do jornal espanhol "Marca", que anunciou a aposentadoria de Zidane, e pede para os brasileiros provoquem seu time.
Folha - Até onde seu time pode chegar nesta Copa?
Raymond Domenech - Desde o início digo que o nosso projeto é chegar ao dia 9 de julho [data da final]. É claro que estou contente com a nossa exibição contra os espanhóis. Mas, para mim, a Copa não acaba nessa partida. Para estarmos na final, teremos de jogar com inteligência contra um rival que é campeão mundial e tem excelentes atletas. E, para estar à altura, nos próximos dias verei e estudarei jogos do Brasil, recuperarei meus jogadores, tudo para ter o melhor time possível.
Folha - A equipe que jogou bem contra os espanhóis é a que deve começar a partida contra o Brasil?
Domenech - O Brasil joga diferente da Espanha. Nossa estratégia pode variar de jogo para jogo. O que sei é que queremos passar para a próxima fase e teremos um adversário difícil.
Folha - Muitos brasileiros encaram o jogo de Frankfurt como uma revanche da final da Copa-98. Vocês sentem algo parecido?
Domenech - A maioria dos atletas que entrará em campo não disputou aquela final. Espero que essa partida seja uma bela página da história das Copas.
Folha - Você está entre os que acham que o Brasil não joga bem?
Domenech - O Brasil ganhou todos seus jogos. Se os brasileiros não estão satisfeitos, que me dêem esses resultados, que ficarei bastante contente.
Folha - O Brasil é o favorito?
Domenech - Os brasileiros são campeões do mundo, favoritos há 40 anos, e nós somos azarões há 80. Só que isso não quer dizer que não ganharemos.
Folha - Por que o seu trabalho foi tão contestado na França?
Domenech - Não sou eu quem valida o meu trabalho. Mas é bom que se diga que muitos dos que me criticaram não tinham dados que eu tinha. Quando chamei Vieira, muita gente achou ruim. E ele está jogando muito. O mesmo ocorreu quando fiz amistosos, que eram só ensaios, nos quais eu fiz observações e tirei conclusões. O meu objetivo era organizar uma equipe e levá-la ao melhor nível possível na Copa.
Folha - Zidane já anunciou que encerra a carreira na Copa. Há uma pressão por conta disso?
Domenech - Não. O futebol é como a vida, na qual a gente nunca sabe qual será o nosso último dia. Conheço suas qualidades e, no jogo contra a Espanha, fiquei feliz que ele tenha marcado um gol aos 34 anos. Temos que evoluir a cada etapa para chegarmos à final e fazermos um jogo perfeito.
Folha - Você acha que provocações de jornais como o "Marca", que estampou em manchete que a seleção da Espanha iria aposentar Zidane, motivaram seus jogadores?
Domenech - Não sei espanhol.
Folha - Sabe sim. Você descende de espanhóis, não?
Domenech - Sim, pode ser que essa manchete tenha estimulado os jogadores. A propósito: você não tem nenhuma provocação do gênero para fazer em nome dos brasileiros?
Especial
Leia as notícias sobre a segunda fase do Mundial
Leia cobertura completa da Copa do Mundo-2006
Raymond Domenech pede a brasileiros que provoquem a França
Publicidade
da Folha de S.Paulo, em Hamelin
Contestado até as oitavas-de-final, o técnico da França, Raymond Domenech, agora já projeta sua equipe na final. Na entrevista, ele fala sobre a provocação do jornal espanhol "Marca", que anunciou a aposentadoria de Zidane, e pede para os brasileiros provoquem seu time.
Folha - Até onde seu time pode chegar nesta Copa?
Raymond Domenech - Desde o início digo que o nosso projeto é chegar ao dia 9 de julho [data da final]. É claro que estou contente com a nossa exibição contra os espanhóis. Mas, para mim, a Copa não acaba nessa partida. Para estarmos na final, teremos de jogar com inteligência contra um rival que é campeão mundial e tem excelentes atletas. E, para estar à altura, nos próximos dias verei e estudarei jogos do Brasil, recuperarei meus jogadores, tudo para ter o melhor time possível.
Folha - A equipe que jogou bem contra os espanhóis é a que deve começar a partida contra o Brasil?
Domenech - O Brasil joga diferente da Espanha. Nossa estratégia pode variar de jogo para jogo. O que sei é que queremos passar para a próxima fase e teremos um adversário difícil.
Folha - Muitos brasileiros encaram o jogo de Frankfurt como uma revanche da final da Copa-98. Vocês sentem algo parecido?
Domenech - A maioria dos atletas que entrará em campo não disputou aquela final. Espero que essa partida seja uma bela página da história das Copas.
Folha - Você está entre os que acham que o Brasil não joga bem?
Domenech - O Brasil ganhou todos seus jogos. Se os brasileiros não estão satisfeitos, que me dêem esses resultados, que ficarei bastante contente.
Folha - O Brasil é o favorito?
Domenech - Os brasileiros são campeões do mundo, favoritos há 40 anos, e nós somos azarões há 80. Só que isso não quer dizer que não ganharemos.
Folha - Por que o seu trabalho foi tão contestado na França?
Domenech - Não sou eu quem valida o meu trabalho. Mas é bom que se diga que muitos dos que me criticaram não tinham dados que eu tinha. Quando chamei Vieira, muita gente achou ruim. E ele está jogando muito. O mesmo ocorreu quando fiz amistosos, que eram só ensaios, nos quais eu fiz observações e tirei conclusões. O meu objetivo era organizar uma equipe e levá-la ao melhor nível possível na Copa.
Folha - Zidane já anunciou que encerra a carreira na Copa. Há uma pressão por conta disso?
Domenech - Não. O futebol é como a vida, na qual a gente nunca sabe qual será o nosso último dia. Conheço suas qualidades e, no jogo contra a Espanha, fiquei feliz que ele tenha marcado um gol aos 34 anos. Temos que evoluir a cada etapa para chegarmos à final e fazermos um jogo perfeito.
Folha - Você acha que provocações de jornais como o "Marca", que estampou em manchete que a seleção da Espanha iria aposentar Zidane, motivaram seus jogadores?
Domenech - Não sei espanhol.
Folha - Sabe sim. Você descende de espanhóis, não?
Domenech - Sim, pode ser que essa manchete tenha estimulado os jogadores. A propósito: você não tem nenhuma provocação do gênero para fazer em nome dos brasileiros?
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas