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17/07/2006
-
10h00
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
A dupla de maiores musas da história do esporte nacional provou que faz parte, de fato, da elite do vôlei de praia.
No Canadá, Ana Paula e Leila surpreenderam a todos. Sem vaga no torneio principal, tiveram de jogar o qualificatório. Uma vez na disputa, atropelaram as adversárias. E, na decisão, no domingo, derrotaram as compatriotas Juliana e Larissa, atuais campeãs do circuito e líderes do ranking mundial, por 2 a 0.
Com o feito, a dupla derrubou três incômodos tabus. Em cinco confrontos, nunca haviam batido as rivais. Juntas, não sabiam o que era vencer uma etapa do Circuito Mundial. E Leila, enfim, conquistou seu primeiro ouro internacional na praia, habitat escolhido por ela após a encerrar a carreira no vôlei de quadra.
"Estou excitada por ela. Jogamos muito nas últimas quatro semanas para uma dupla de 34 anos e nossa química em quadra aumentou muito. Ela jogou demais, teve energia e vontade de buscar a medalha. Foi uma grande jogadora na quadra e agora tem esse título no currículo", disse Ana Paula.
Junta a pouco mais de um ano, a dupla teve apresentações irregulares desde que começou a disputar o Circuito Mundial, em 2005. Alterou brigas (e conquistas) pela medalha de bronze com resultados ruins como o 33º lugar em Xangai, neste ano.
"Não estávamos bem fisicamente no início da temporada. Nos esforçamos, mas não tínhamos um jogo consistente", afirmou Ana Paula.
"Paramos três semanas após Xangai [no fim de maio] para descansar. Se você tem alguma lesão, precisa dar um passo atrás para continuar bem o resto", completou a jogadora.
Antes de atuar com Leila, ela já havia tido outras seis parceiras. Com Sandra, atingiu seus principais feitos: o título do circuito de 2003 e a disputa dos Jogos de Atenas, em 2004. Leila também jogou com Sandra, em 2002, e Mônica, em 2003, épocas em que ainda flertava com o vôlei de quadra.
A coincidência de parceiras não é por acaso. Coincidência são os dissabores que levaram as medalhistas de bronze em Atlanta-96 a se encontrarem novamente, mas na areia. Em 2003, por força dos patrocinadores, Sandra desmanchou sua dupla com Leila e se uniu a Ana Paula.
As duas chegaram como favoritas a Atenas, mas caíram nas quartas-de-final diante de Adriana Behar e Shelda. O mesmo ano serviu de divisor de águas na vida da também medalhista de bronze em Sydney-2000. Leila tentou voltar à quadra, mas não acompanhou o ritmo das novatas da seleção. Acabou cortada.
Hoje, briga ao lado de Ana Paula para acompanhar outras novatas, que disputam palmo a palmo posições no ranking mundial. Juliana e Larissa são as líderes, com folga. Renata e Talita alternam posições com elas na lista da federação internacional. A outra parceria brasileira entre as dez melhores do mundo é veterana: Adriana Behar e Shelda, que formam a segunda melhor equipe do país.
'Vamos tentar manter o ritmo de jogo e descansar no pouco tempo que temos. Estamos há um mês longe de casa, o desgaste é muito grande, mas podemos chegar a mais uma final', afirmou Juliana, já se referindo à próxima etapa na na Rússia, na quarta.
As sete etapas do Circuito Mundial deste ano tiveram brasileiras no pódio. Juliana e Larissa conquistaram três delas. Ana Paula e Leila, que já tinham dois bronzes, quebraram a monotonia do primeiro lugar.
Masculino
Márcio e Fábio Luiz venceram pela primeira vez os campeões olímpicos, Ricardo e Emanuel, por 2 a 0, e levaram o ouro na etapa do Canadá do Circuito. Franco e Pedro ficaram com o bronze. Foi o terceiro pódio 100% brasileiro seguido neste ano. Em oito etapas, Emanuel/Ricardo, líder do ranking, tem quatro títulos. Márcio/Fábio venceu duas vezes e aparece em segundo. Franco e Pedro Cunha são os brasileiros mais bem colocados a seguir.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre vôlei de praia
Ouro em etapa canadense dá novo status a Ana Paula e Leila
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da Folha de S.Paulo
A dupla de maiores musas da história do esporte nacional provou que faz parte, de fato, da elite do vôlei de praia.
No Canadá, Ana Paula e Leila surpreenderam a todos. Sem vaga no torneio principal, tiveram de jogar o qualificatório. Uma vez na disputa, atropelaram as adversárias. E, na decisão, no domingo, derrotaram as compatriotas Juliana e Larissa, atuais campeãs do circuito e líderes do ranking mundial, por 2 a 0.
Com o feito, a dupla derrubou três incômodos tabus. Em cinco confrontos, nunca haviam batido as rivais. Juntas, não sabiam o que era vencer uma etapa do Circuito Mundial. E Leila, enfim, conquistou seu primeiro ouro internacional na praia, habitat escolhido por ela após a encerrar a carreira no vôlei de quadra.
"Estou excitada por ela. Jogamos muito nas últimas quatro semanas para uma dupla de 34 anos e nossa química em quadra aumentou muito. Ela jogou demais, teve energia e vontade de buscar a medalha. Foi uma grande jogadora na quadra e agora tem esse título no currículo", disse Ana Paula.
Junta a pouco mais de um ano, a dupla teve apresentações irregulares desde que começou a disputar o Circuito Mundial, em 2005. Alterou brigas (e conquistas) pela medalha de bronze com resultados ruins como o 33º lugar em Xangai, neste ano.
"Não estávamos bem fisicamente no início da temporada. Nos esforçamos, mas não tínhamos um jogo consistente", afirmou Ana Paula.
"Paramos três semanas após Xangai [no fim de maio] para descansar. Se você tem alguma lesão, precisa dar um passo atrás para continuar bem o resto", completou a jogadora.
Antes de atuar com Leila, ela já havia tido outras seis parceiras. Com Sandra, atingiu seus principais feitos: o título do circuito de 2003 e a disputa dos Jogos de Atenas, em 2004. Leila também jogou com Sandra, em 2002, e Mônica, em 2003, épocas em que ainda flertava com o vôlei de quadra.
A coincidência de parceiras não é por acaso. Coincidência são os dissabores que levaram as medalhistas de bronze em Atlanta-96 a se encontrarem novamente, mas na areia. Em 2003, por força dos patrocinadores, Sandra desmanchou sua dupla com Leila e se uniu a Ana Paula.
As duas chegaram como favoritas a Atenas, mas caíram nas quartas-de-final diante de Adriana Behar e Shelda. O mesmo ano serviu de divisor de águas na vida da também medalhista de bronze em Sydney-2000. Leila tentou voltar à quadra, mas não acompanhou o ritmo das novatas da seleção. Acabou cortada.
Hoje, briga ao lado de Ana Paula para acompanhar outras novatas, que disputam palmo a palmo posições no ranking mundial. Juliana e Larissa são as líderes, com folga. Renata e Talita alternam posições com elas na lista da federação internacional. A outra parceria brasileira entre as dez melhores do mundo é veterana: Adriana Behar e Shelda, que formam a segunda melhor equipe do país.
'Vamos tentar manter o ritmo de jogo e descansar no pouco tempo que temos. Estamos há um mês longe de casa, o desgaste é muito grande, mas podemos chegar a mais uma final', afirmou Juliana, já se referindo à próxima etapa na na Rússia, na quarta.
As sete etapas do Circuito Mundial deste ano tiveram brasileiras no pódio. Juliana e Larissa conquistaram três delas. Ana Paula e Leila, que já tinham dois bronzes, quebraram a monotonia do primeiro lugar.
Masculino
Márcio e Fábio Luiz venceram pela primeira vez os campeões olímpicos, Ricardo e Emanuel, por 2 a 0, e levaram o ouro na etapa do Canadá do Circuito. Franco e Pedro ficaram com o bronze. Foi o terceiro pódio 100% brasileiro seguido neste ano. Em oito etapas, Emanuel/Ricardo, líder do ranking, tem quatro títulos. Márcio/Fábio venceu duas vezes e aparece em segundo. Franco e Pedro Cunha são os brasileiros mais bem colocados a seguir.
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