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24/07/2006
-
09h00
ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
No primeiro ano da era pós-Lance Armstrong, o hino norte-americano voltou a ser entoado nas ruas de Paris. Desta vez, para reverenciar Floyd Landis, da equipe Phonak, novo campeão da Volta da França.
"Foi esplêndido ouvir o hino dos EUA tocando em minha homenagem", afirmou o ciclista, que levou seu país ao 11º título da principal competição do calendário do ciclismo.
A exemplo das conquistas de Armstrong, que superou câncer nos testículos antes de ser consagrado na Volta da França, Landis também viveu situação dramática antes de triunfar.
Na quarta-feira, perdeu a liderança para o azarão espanhol Oscar Pereiro, após desmaiar na subida de La Toussuire.
No dia seguinte, no entanto, voltou a impor a sua lógica na acirrada disputa. Para isso, seguiu os conselhos de uma legenda do ciclismo, Eddy Merckx, vencedor da Volta da França em 69, 70, 71, 72 e 74.
O belga recomendou que Landis fosse extremamente agressivo na etapa seguinte. Foi o que Landis fez, ao promover uma escapada solitária durante 130 km --o percurso total foi de 200,5 km-- na corrida até Morzine. Foi sua única vitória em etapa da Volta da França-06.
A disputa deste ano viveu um hiato de campeões. Armstrong, vencedor dos últimos sete anos, aposentou-se. Marco Pantani, ganhador em 98, morreu há dois anos de overdose.
O alemão Jan Ullrich, único ex-campeão na ativa, está envolvido em escândalo de doping. Mesmo problema tirou de circulação outros competidores de prestígio, como o italiano Ivan Basso, o espanhol Francisco Mancebo e o cazaque Alexandre Vonokourov.
Tais ausências deram espaço a ex-coadjuvantes, como o próprio Landis, que integrou a US Postal até 2004, equipe pela qual trabalhou pelas vitórias de Armstrong em 2002 e 2003.
Há dois anos na Phonak, teve espaço para somar vitórias importantes, como na Paris-Nice, na Volta da Califórnia e na Volta da Geórgia, todas neste ano.
Apesar disso, nunca havia sequer subido ao pódio na Volta da França. Sua melhor colocação foi o nono lugar em 2005.
O pódio da 83ª edição da prova não mostra, porém, mudança de geração. Os cinco primeiros colocados --Landis, Pereiro, Andreas Kloeden, Carlos Sastre e Cadel Evans-- têm entre 29 e 31 anos. Aos 30, fica a dúvida se Landis se manterá competitivo. "Ele será mais forte em 2007", prevê Merckx.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Volta da França
Coadjuvante comemora título da Volta da França
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da Folha de S.Paulo
No primeiro ano da era pós-Lance Armstrong, o hino norte-americano voltou a ser entoado nas ruas de Paris. Desta vez, para reverenciar Floyd Landis, da equipe Phonak, novo campeão da Volta da França.
"Foi esplêndido ouvir o hino dos EUA tocando em minha homenagem", afirmou o ciclista, que levou seu país ao 11º título da principal competição do calendário do ciclismo.
A exemplo das conquistas de Armstrong, que superou câncer nos testículos antes de ser consagrado na Volta da França, Landis também viveu situação dramática antes de triunfar.
Na quarta-feira, perdeu a liderança para o azarão espanhol Oscar Pereiro, após desmaiar na subida de La Toussuire.
No dia seguinte, no entanto, voltou a impor a sua lógica na acirrada disputa. Para isso, seguiu os conselhos de uma legenda do ciclismo, Eddy Merckx, vencedor da Volta da França em 69, 70, 71, 72 e 74.
O belga recomendou que Landis fosse extremamente agressivo na etapa seguinte. Foi o que Landis fez, ao promover uma escapada solitária durante 130 km --o percurso total foi de 200,5 km-- na corrida até Morzine. Foi sua única vitória em etapa da Volta da França-06.
A disputa deste ano viveu um hiato de campeões. Armstrong, vencedor dos últimos sete anos, aposentou-se. Marco Pantani, ganhador em 98, morreu há dois anos de overdose.
O alemão Jan Ullrich, único ex-campeão na ativa, está envolvido em escândalo de doping. Mesmo problema tirou de circulação outros competidores de prestígio, como o italiano Ivan Basso, o espanhol Francisco Mancebo e o cazaque Alexandre Vonokourov.
Tais ausências deram espaço a ex-coadjuvantes, como o próprio Landis, que integrou a US Postal até 2004, equipe pela qual trabalhou pelas vitórias de Armstrong em 2002 e 2003.
Há dois anos na Phonak, teve espaço para somar vitórias importantes, como na Paris-Nice, na Volta da Califórnia e na Volta da Geórgia, todas neste ano.
Apesar disso, nunca havia sequer subido ao pódio na Volta da França. Sua melhor colocação foi o nono lugar em 2005.
O pódio da 83ª edição da prova não mostra, porém, mudança de geração. Os cinco primeiros colocados --Landis, Pereiro, Andreas Kloeden, Carlos Sastre e Cadel Evans-- têm entre 29 e 31 anos. Aos 30, fica a dúvida se Landis se manterá competitivo. "Ele será mais forte em 2007", prevê Merckx.
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