Publicidade
Publicidade
30/07/2006
-
11h00
MARCO BAHÉ
da Agência Folha, em Recife
Um time sem grandes estrelas, com folha de pagamento de R$ 500 mil, inferior aos ganhos mensais de Tevez, pode dar bela dor de cabeça para o Corinthians. Tudo na base da vontade e de uma violenta reformulação.
O pontapé inicial para a arrancada do Santa Cruz para fora da zona de rebaixamento foi a contratação do técnico Maurício Simões e de quase uma dezena de atletas. Dez foram dispensados.
Com nove reforços, surgiu uma equipe sem estrelas, com nomes desconhecidos que já conquistaram o respeito da torcida. Os destaques são dois zagueiros: Váldson e Valença, cujos salários giram em R$ 20 mil.
Apenas dois pilares seguraram o clube. Justamente seus dois maiores patrimônios: a imensa torcida e seu único bem material --o estádio José do Rego Maciel, o Mundão do Arruda, para 60 mil torcedores.
Arruda é o bairro que tem servido de lar aos tricolores pernambucanos desde 1943. É lá que, na alegria e na tristeza, vê-se uma massa esperançosa renovada a cada jogo. O pesadelo provocado pela prolongada posição de lanterna da Série A, ocupada durante as 13 primeiras rodadas, teve fim com a vitória sobre o Flamengo por 3 a 0.
Deixando a lanterna na mão do Corinthians, o Santa Cruz se prepara agora para se livrar também da zona de rebaixamento. O time, porém, depende de uma vitória e de uma combinação de resultados de outras quatro partidas da rodada.
As bandeiras em automóveis, os adesivos e as camisas espalhados nas ruas de Recife demonstram que a torcida confia no time sem astros.
A equipe não tem centro de treinamento próprio. O jeito foi alugar o CT do Unibol, antigo clube/empresa que cedeu a estrutura para o time trabalhar pelos próximos dois anos.
Foi nesse lugar que aconteceu a reformulação em um time que ainda não tinha conquistado nenhuma vitória antes da Copa do Mundo e que acumulava um saldo negativo de 14 gols.
"É assim mesmo, o Santa Cruz sempre consegue superar os obstáculos", disse o estudante universitário Danilo Rocha, que enfrentou uma fila de mais de uma hora para comprar seu ingresso para a partida deste domingo.
Ele é só um exemplo da torcida que segurou uma média de 12.566 torcedores por partida contra 10.494 do Corinthians.
Segundo Marcos Henrique de Melo, diretor de futebol do clube, até sexta-feira já haviam sido vendidos mais de 25 mil ingressos para o confronto de amanhã. "A expectativa é a de que o número de torcedores supere os 35 mil do jogo contra o Flamengo", afirma o cartola.
Especial
Leia cobertura completa do Campeonato Brasileiro-2006
Ganhos de Tevez cobrem folha de pagamento do Santa Cruz
Publicidade
da Agência Folha, em Recife
Um time sem grandes estrelas, com folha de pagamento de R$ 500 mil, inferior aos ganhos mensais de Tevez, pode dar bela dor de cabeça para o Corinthians. Tudo na base da vontade e de uma violenta reformulação.
O pontapé inicial para a arrancada do Santa Cruz para fora da zona de rebaixamento foi a contratação do técnico Maurício Simões e de quase uma dezena de atletas. Dez foram dispensados.
Com nove reforços, surgiu uma equipe sem estrelas, com nomes desconhecidos que já conquistaram o respeito da torcida. Os destaques são dois zagueiros: Váldson e Valença, cujos salários giram em R$ 20 mil.
Apenas dois pilares seguraram o clube. Justamente seus dois maiores patrimônios: a imensa torcida e seu único bem material --o estádio José do Rego Maciel, o Mundão do Arruda, para 60 mil torcedores.
Arruda é o bairro que tem servido de lar aos tricolores pernambucanos desde 1943. É lá que, na alegria e na tristeza, vê-se uma massa esperançosa renovada a cada jogo. O pesadelo provocado pela prolongada posição de lanterna da Série A, ocupada durante as 13 primeiras rodadas, teve fim com a vitória sobre o Flamengo por 3 a 0.
Deixando a lanterna na mão do Corinthians, o Santa Cruz se prepara agora para se livrar também da zona de rebaixamento. O time, porém, depende de uma vitória e de uma combinação de resultados de outras quatro partidas da rodada.
As bandeiras em automóveis, os adesivos e as camisas espalhados nas ruas de Recife demonstram que a torcida confia no time sem astros.
A equipe não tem centro de treinamento próprio. O jeito foi alugar o CT do Unibol, antigo clube/empresa que cedeu a estrutura para o time trabalhar pelos próximos dois anos.
Foi nesse lugar que aconteceu a reformulação em um time que ainda não tinha conquistado nenhuma vitória antes da Copa do Mundo e que acumulava um saldo negativo de 14 gols.
"É assim mesmo, o Santa Cruz sempre consegue superar os obstáculos", disse o estudante universitário Danilo Rocha, que enfrentou uma fila de mais de uma hora para comprar seu ingresso para a partida deste domingo.
Ele é só um exemplo da torcida que segurou uma média de 12.566 torcedores por partida contra 10.494 do Corinthians.
Segundo Marcos Henrique de Melo, diretor de futebol do clube, até sexta-feira já haviam sido vendidos mais de 25 mil ingressos para o confronto de amanhã. "A expectativa é a de que o número de torcedores supere os 35 mil do jogo contra o Flamengo", afirma o cartola.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas