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10/08/2006
-
09h00
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo
Para quem se acostumou por 12 anos a assistir ao tradicional Milan patrocinado por uma montadora de veículos, causou estranheza ontem, no primeiro jogo do time na Copa dos Campeões, a nova marca que estampa a camisa do clube italiano.
Mas logo isso vai deixar de ser novidade. Cassinos virtuais e casas de apostas on-line, como a austríaca bwin no caso do Milan, investem milhões de euros no patrocínios de clubes e ligas européias de futebol.
A invasão causa dilemas éticos. O Manchester United tinha uma oferta de R$ 270 milhões por quatro anos de contrato com a Mansion, uma casa com sede em Gibraltar, que assim como outras inclui o futebol nas suas modalidades de apostas. O clube alegou desconforto por estampar na sua camisa um patrocínio desse tipo e preferiu acertar com uma seguradora por R$ 35 milhões a menos. "Nem sempre a maior oferta é a melhor", disse o clube em comunicado.
Rechaçada pelo Manchester, a Mansion não perdeu tempo e acertou com o Tottenham, que vai receber R$ 142 milhões por quatro anos de patrocínio, numa média anual que é mais do que o dobro que os melhores contratos de patrocínio do futebol brasileiro pagam.
Aston Villa, Blackburn Rangers e Middlesbrough são outros times da primeira divisão da Inglaterra patrocinados por diferentes casas de apostas.
Na Itália, fãs muçulmanos do Milan invadiram sites de relacionamento protestando com a associação do clube do religioso Kaká à uma casa de apostas, o que vai render R$ 170 milhões pelo clube em quatro anos. Políticos do país também questionaram a ética do acordo.
Não faltam outros casos no milionário futebol europeu.
O site 888, que tem sites específicos para mais de uma centena de países, acaba de acertar com dois anos para colocar sua marca na camisa do francês Toulouse. A liga portuguesa vendeu o nome do seu troféu por R$ 26 milhões por quatro temporadas para outro site de apostas.
Até o clube grande europeu mais avesso ao patrocínio de camisas flerta com esse tipo de apetitoso negócio.
O Barcelona ficou muito perto de vender sua camisa para a mesma bwin que está com o Milan agora. O negócio não foi fechado, mas as portas do clube catalão não estão fechadas para a jogatina. Tanto que logo na página principal do seu site existe um link para quem deseja apostar na bwin, que também segue como favorito para "manchar" a camisa azul e grená.
Fifa
O dinheiro que irriga os cofres dos clubes europeus chega de uma turma de quem a Fifa quer distância. Joseph Blatter, o presidente da entidade, está em franca ofensiva contra as casas de apostas. Durante a Copa, fez árbitros, jogadores e técnicos assinarem documentos em que prometiam não apostar, assim como seus familiares. A Fifa também contratou uma empresa para monitorar o movimento dos apostadores. Com isso, espera verificar movimentações suspeitas e abortar resultados arranjados. Blatter diz que apostas fazem parte da sociedade, mas que elas não têm "lugar no futebol".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Campeonato Italiano
No futebol europeu, casas de apostas investem em patrocínio de camisa
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da Folha de S.Paulo
Para quem se acostumou por 12 anos a assistir ao tradicional Milan patrocinado por uma montadora de veículos, causou estranheza ontem, no primeiro jogo do time na Copa dos Campeões, a nova marca que estampa a camisa do clube italiano.
Mas logo isso vai deixar de ser novidade. Cassinos virtuais e casas de apostas on-line, como a austríaca bwin no caso do Milan, investem milhões de euros no patrocínios de clubes e ligas européias de futebol.
A invasão causa dilemas éticos. O Manchester United tinha uma oferta de R$ 270 milhões por quatro anos de contrato com a Mansion, uma casa com sede em Gibraltar, que assim como outras inclui o futebol nas suas modalidades de apostas. O clube alegou desconforto por estampar na sua camisa um patrocínio desse tipo e preferiu acertar com uma seguradora por R$ 35 milhões a menos. "Nem sempre a maior oferta é a melhor", disse o clube em comunicado.
Rechaçada pelo Manchester, a Mansion não perdeu tempo e acertou com o Tottenham, que vai receber R$ 142 milhões por quatro anos de patrocínio, numa média anual que é mais do que o dobro que os melhores contratos de patrocínio do futebol brasileiro pagam.
Aston Villa, Blackburn Rangers e Middlesbrough são outros times da primeira divisão da Inglaterra patrocinados por diferentes casas de apostas.
Na Itália, fãs muçulmanos do Milan invadiram sites de relacionamento protestando com a associação do clube do religioso Kaká à uma casa de apostas, o que vai render R$ 170 milhões pelo clube em quatro anos. Políticos do país também questionaram a ética do acordo.
Não faltam outros casos no milionário futebol europeu.
O site 888, que tem sites específicos para mais de uma centena de países, acaba de acertar com dois anos para colocar sua marca na camisa do francês Toulouse. A liga portuguesa vendeu o nome do seu troféu por R$ 26 milhões por quatro temporadas para outro site de apostas.
Até o clube grande europeu mais avesso ao patrocínio de camisas flerta com esse tipo de apetitoso negócio.
O Barcelona ficou muito perto de vender sua camisa para a mesma bwin que está com o Milan agora. O negócio não foi fechado, mas as portas do clube catalão não estão fechadas para a jogatina. Tanto que logo na página principal do seu site existe um link para quem deseja apostar na bwin, que também segue como favorito para "manchar" a camisa azul e grená.
Fifa
O dinheiro que irriga os cofres dos clubes europeus chega de uma turma de quem a Fifa quer distância. Joseph Blatter, o presidente da entidade, está em franca ofensiva contra as casas de apostas. Durante a Copa, fez árbitros, jogadores e técnicos assinarem documentos em que prometiam não apostar, assim como seus familiares. A Fifa também contratou uma empresa para monitorar o movimento dos apostadores. Com isso, espera verificar movimentações suspeitas e abortar resultados arranjados. Blatter diz que apostas fazem parte da sociedade, mas que elas não têm "lugar no futebol".
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