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30/08/2006 - 09h16

"Traído", Leão foi o último a saber da saída de Mascherano

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EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo

Javier Mascherano foi embora do Corinthians, com a permissão de Kia Joorabchian e Alberto Dualib. Emerson Leão, como alguém traído, foi o último a saber. E ficou furioso com o "sumiço" de outro argentino.

A saída do volante faz parte do acordo firmado entre os corintianos e sua parceira em Londres e arquitetado pelo empresário Renato Duprat. Nele, os corintianos se comprometeram a liberar os dois jogadores e, em troca, o clube receberá reforços e se livrará de Kia, que não administraria mais a parceria.

Mascherano trilhou o mesmo caminho do compatriota Carlitos Tevez e viajou para Buenos Aires. Assim como o atacante Tevez, não deve mais vestir a camisa corintiana. Oficialmente, o clube diz não ter liberado o atleta. A MSI não quis comentar o assunto.

Dirigentes corintianos estão preocupados com os encontros na Inglaterra. Dizem que Dualib foi convencido por Duprat, que almeja assumir o lugar de Kia, de que o iraniano não voltará mais ao clube e que ele terá reforços até quinta-feira, quando termina o prazo de inscrições no Brasil e na Europa.

A proposta de Duprat derrubou acordo feito entre Dualib e seus vices na última quinta-feira. No encontro, segundo relato de aliados do presidente, ficou acertado que o dirigente iria a Londres para encerrar a parceria. Em troca, cederia Tevez e Mascherano à MSI, mas ficaria com os outros atletas da empresa até o final do ano.

Dualib desistiu dessa idéia ao ouvir a proposta de Duprat, que já estava na capital inglesa na semana passada. Ontem, no primeiro contato com os investidores, decidiu não melindrar Leão, que está revoltado com a saída de atletas, e não o avisou.

"O Mascherano não me solicitou nada, não me comunicou de nada. Assim como seu companheiro [Tevez], saiu deliberadamente", falou o técnico, que disse ter informado a ausência do atleta às diretorias do clube e da MSI quando, na verdade, elas já haviam liberado o volante para viajar.

Sem saber disso, Leão fez críticas às desavenças entre os cartolas e classificou a situação do clube como "traumática". "Nós temos uma quebra de rotina diária. Precisamos ter tranqüilidade para trabalhar. Mas, às vezes, a solução passa por esse trauma. Mas que os mandatários, que são muitos, decidam logo porque o torcedor corintiano não pode ficar esperando", disse Leão.

Tevez e Mascherano agora vão disputar o amistoso entre Brasil e Argentina, domingo, em Londres. A participação da dupla no jogo foi uma exigência de Kia, que tem ligações com o consórcio russo Renova, que comprou direitos para explorar amistosos da seleção argentina.

Sem a dupla de argentinos, a parceria anunciou ter feito proposta oficial ao Sevilla pelo atacante Luis Fabiano no valor de 7 milhões de euros (cerca de R$ 20 milhões). O atleta negou e disse estar feliz na Espanha. Além dele, o Corinthians tem interesse no atacante Grafite, do Le Mans, e no lateral-esquerdo Leo, do Benfica.

Leão, que indicou esses atletas, acha difícil o clube ter êxito nas negociações. "Na Europa, os empresários preferem negociar os jogadores por lá mesmo, porque ganham uma melhor comissão. Só vão aceitar trazer jogadores para o Brasil quando não houver mais opções. Infelizmente, é a realidade, e somos a terceira opção", afirmou.

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