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30/12/2000 - 08h22

Enfim, Vasco e São Caetano decidem o mais inchado dos Brasileiros

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EDUARDO VIEIRA
enviado especial ao Rio
e ALMIR RIZZATTO
da Folha Online

Depois de muita discussão, da ameaça de o futebol brasileiro ficar sem competição no segundo semestre e de muitas disputas nos tribunais, que culminaram na criação da Copa João Havelange, será decidido hoje, no penúltimo dia do ano, o campeão dos 116 times que disputaram o mais inchado Brasileiro da história.

Graças ao esdrúxulo regulamento da competição, disputam o título o Vasco e o até pouco tempo desconhecido São Caetano, time que disputou neste mesmo ano o Módulo Amarelo, equivalente à segunda divisão da Copa JH.

O São Caetano chega como grande zebra, a exemplo do Bragantino, vice-campeão brasileiro em 1991, mas jogando um futebol vistoso, de característica ofensiva, com o ataque mais positivo da história dos Nacionais _76 gols. Além disso tem o artilheiro do campeonato, o atacante Adhemar, que já marcou 22 vezes.

Apesar do grande time, que atropelou os grandes Fluminense, Palmeiras e Grêmio na fase final, o clima não é bom no clube paulista. O empate em 1 a 1 na primeira partida, em São Paulo, que garantiu ao Vasco a vantagem de conquistar o título com um empate sem gols hoje, deixou os ânimos tensos na equipe.

O técnico Jair Picerni fez críticas a alguns jogadores e ontem, no treino da equipe em São Caetano, deu a prova maior de que o nervosismo afetou o time. Picerni agrediu um jornalista com um tapa e uma cabeçada, após uma discussão.

Apesar do incidente, o técnico não mudou seu discurso. "Nós sabemos administrar o emocional. Temos muita responsabilidade, estamos bastante determinados", disse o treinador.

No Vasco, ao contrário, o clima é dos melhores. Após a conquista da Copa Mercosul sobre o Palmeiras, com uma vitória incrível na casa do adversário, e o bom resultado no primeiro jogo contra o time do ABC, os jogadores vascaínos superaram totalmente a conturbada troca de técnicos _Oswaldo Oliveira se desentendeu com Eurico Miranda na reta final da JH e deu lugar a Joel Santana.

"O Vasco vive um dos melhores momentos de sua história", afirma Juninho.

Apesar da confiança, o jogador diz que não existe clima de 'já ganhou'. "O São Caetano eliminou três dos favoritos ao título. Lotou o Parque Antarctica na primeira partida e vem jogando um grande futebol. Não pode nem mesmo ser considerado zebra", completou.

O técnico Joel Santana também se preocupa com as qualidades do time paulista. "Eles não são nenhuma galinha morta", disse. "Mas vamos entrar para vencer o jogo e não para garantir o 0 a 0. Um time que tem Romário na frente e Hélton no gol nem pode pensar nisso."

Assim como o Vasco, o São Caetano promete manter a ofensividade que marcou a campanha da equipe. "Temos de ir para cima mesmo. Só vence quem procura o gol", disse o lateral-esquerdo César.

"Não é pelo fato de jogar em São Januário que vamos mudar nosso estilo. Vamos atacar", afirmou Picerni.

Os dois times poderão contar com sua força máxima. No meia da semana, o São Caetano garantiu a escalação de Adhemar e Dininho e a presença de Picerni no banco em julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desporiva).

O Vasco teve o zagueiro Júnior Baiano absolvido e ainda poderá contar com o retorno de Juninho Pernambucano, recuperado de uma forte gripe que o afastou da primeira partida.

A Folha Online vai acompanhar o jogo em tempo real.

VASCO
Hélton; Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Nasa, Jorginho (Paulo Miranda), Juninho e Juninho Paulista; Euller e Romário.
Técnico: Joel Santana.

SÃO CAETANO
Sílvio Luiz; Japinha, Daniel, Serginho e César; Claudecir, Adãozinho, Esquerdinha e Aílton; Wágner e Adhemar.
Técnico: Jair Picerni.

Juiz: Oscar Roberto Godói
Local: estádio São Januário, no Rio
Horário: 16h

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