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10/10/2006 - 11h08

Após contato com a Fifa, PF ouve parceria corintiana

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RICARDO PERRONE
EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo

A Polícia Federal começou a ouvir ontem, em São Paulo, cartolas da parceria MSI/Corinthians. Uma das metas é confirmar a suspeita de ligação com uma rede internacional que usa contratações para lavar dinheiro.

A cúpula do clube e os principais integrantes da firma de Kia Joorabchian irão prestar depoimento.

Ontem, Antônio Roque Citadini, ex-vice, contrário à parceria, foi ouvido.
Para hoje está agendado o depoimento de Alberto Dualib, presidente corintiano.

O cartola responderá, entre outros temas, sobre questões levantadas pelos policiais junto à Fifa. Eles se reuniram com membros da entidade internacional para trocar informações. A Fifa também investiga a parceria.

Os depoimentos deverão ocorrer até amanhã, mas os policiais federais não falam sobre o inquérito.

Segundo um conselheiro do clube, que pediu para não ser identificado, Dualib tentava ontem adiar o depoimento. Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol e advogado do presidente corintiano no caso, recusou-se a falar sobre o assunto.

Entre os cartolas a serem ouvidos estão o vice-presidente Nesi Curi e o conselheiro Andrés Sanchez, vice de futebol na época em que a parceria foi selada, Paulo Angioni, que já retirou o seu nome da MSI, e Alexandre Verri, um dos advogados da empresa do iraniano.

De acordo com um advogado que acompanha o caso, a Polícia Federal ainda não chamou Kia. Espera ele retornar de Londres. Se obtiver a informação de que Kia voltou mesmo a morar na Inglaterra, pedirá que ele seja ouvido em Londres.

A PF começou a investigar a parceria a pedido do Ministério Público Federal, que recebeu um relatório, produzido em 2005, por promotores públicos paulistas, do Gaeco, divisão responsável por investigar o crime organizado.

O documento aponta que a empresa de Kia tem interesse em lavar dinheiro por meio do futebol.

As investigações fa PF rumaram para o mesmo caminho. Também apontam nomes como o do rruso Boris Berezovski, condenado em seu país por lavagem de dinheiro, como um dos principais nomes da parceria. O russo negou o envolvimento quando esteve no Brasil e foi interrogado pelo Ministério Público Federal.

Os policiais federais ouviram de membros da Fifa que Berezovski e Pini Zahavi, empresário isralense que negócios com Kia, fazem parte de uma rede envolvida em diversas negociações internacionais. A federação internacional suspeita que todos eles estão envolvidos em lavagem de dinheiro.

Até agora, Renato Duprat, homem de confiança de Dualib, também não foi intimado. Ele está há mais de um mês em Londres.

As declarações serão confrontadas com as prestadas ao Ministério Público estadual. De lá para cá, o relacionamento entre os parceiros mudou. Havia sintonia, o que deixou de existir faz tempo.

Ao deixar a sede da PF, Citadini não comentou o depoimento. "Quem aprovou a parceria que desate esse nó", limitou-se a dizer.

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