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11/10/2006 - 10h16

Eurocopa-2008 vê invasão de jogadores brasileiros

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RODRIGO BUENO
dda Folha de S.Paulo

A Eurocopa está mais do que nunca brasileira. As eliminatórias para o nobre torneio de seleções do velho continente, que têm hoje mais uma recheada rodada, assistem agora a uma invasão de jogadores naturalizados. Cinco seleções usarão a força nacional na luta por uma vaga na fase final do evento.

O Azerbaijão, de pouca tradição no futebol, puxa a fila de brasileiros que estarão em campo. André Ladaga, Ernani Pereira e Leandro Gomes estão confirmados na equipe na partida contra a Bélgica hoje --os três atuaram na derrota para Portugal no fim de semana.

O time do Azerbaijão realizou um desejo antigo da seleção do Qatar que foi bloqueado pela Fifa. Há dois anos, a federação do país asiático fez propostas para três jogadores brasileiros --Aílton, Dedê e Leandro-- defenderem a seleção do país. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, comandou o veto à ação.

"A nacionalização que deixa jogadores representarem um país com o qual não têm relação evidente não respeita o espírito dos estatutos [da Fifa]. É imprescindível acabar com essa prática", afirmou o dirigente.

A Fifa estabeleceu então regras mais claras para impedir a nacionalização em massa de atletas, em especial brasileiros. Caso um jogador queira defender outro país que não o seu de nascimento, precisa ter pai, mãe ou avós biológicos nascidos nesse país ou residir por pelo menos dois anos seguidos na nação que pretende defender.

Essa última possibilidade é a que mais mexe agora com o futebol europeu. A Bulgária apostou em Lucio Wagner, a Croácia tem Eduardo da Silva, e a Turquia conta agora com Marco Aurélio. A situação difere, por exemplo, do que aconteceu há três anos, quando Adrianinho, então na Ponte Preta, foi convocado para a seleção austríaca por ter parentes e passaporte do país que será um dos anfitriões da Eurocopa- 2008.

Portugal, que naturalizou o meia Deco com muita força do técnico Luiz Felipe Scolari, namora alguns outros brasileiros --o atacante Liédson, ex-Corinthians, é um dos que foram tentados pela seleção lusitana.

No sábado passado, no duelo entre Portugal e Azerbaijão, havia quatro jogadores nascidos no Brasil em campo, um recorde para um jogo do principal torneio de seleções européias.

"Fui eu que avalizei a contratação do André e do Leandro para o time de Baku [capital do Azerbaijão]. Sinal que estava certo. O time que jogou contra Portugal é 90% diferente do que treinei porque houve renovação. Mas só com uns seis brasileiros naturalizados a seleção do Azerbaijão poderia ficar em um nível bom, não excepcional", disse Carlos Alberto Torres, o capitão do tri, que dirigiu até o ano passado a equipe.

Os atletas chegaram ao Azerbaijão por meio de Antonio Galante. "Futebol é profissional. Se um atleta está expatriado, não tem como defender seu país, é bom defender outro. Não tem muito isso de amor à camisa", afirma o empresário.

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