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17/10/2006
-
09h00
EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo
Alberto Dualib retomou o poder no departamento de futebol do Corinthians e o passou para Leão. A aliança, no entanto, tem se mostrado trágica. A nove rodadas do fim do Brasileiro, o clube convive com o fantasma do rebaixamento e com os mesmos problemas de relacionamento entre técnico e jogadores que nortearam os quase dois anos de parceria.
O presidente corintiano, sob o pretexto de que não havia comando no futebol, anunciou, como afronta a Kia Joorabchian, que o Corinthians é quem controlava o futebol.
Criticou o presidente da MSI, disse que ele não entende nada de futebol e o classificou como um "aventureiro". Com a equipe em último lugar no Brasileiro, Dualib, à revelia da parceira, contratou Leão. Deu poderes plenos ao treinador, que se tornou o homem forte do futebol e começou a implementar o plano de seu chefe: montar um time sem as estrelas da MSI, que será a base da reformulação para a próxima temporada.
Nos 32 dias em que Dualib passou em Londres, entre o final de agosto e o início de outubro, Leão reinou soberano. Trouxe César, Magrão e Amoroso, que não têm correspondido, livrou-se de Tevez e Mascherano e, de quebra, de Paulo Angioni, ex-diretor da MSI.
Angioni, que tinha uma sala no Parque São Jorge, foi expulso de lá. Disse a amigos que recebeu o cartão vermelho de Marcos Fernandes, controlador das contas corintianas, que lhe transmitiu recado de Londres de que ele não precisaria mais voltar ao clube porque não era mais bem-vindo.
A pessoas próximas, Kia disse que abriu mão do futebol porque entendia que a briga pelo poder poderia agravar ainda mais a situação do time, à época, recém-eliminado da Libertadores. Disse não ter suportado o bombardeio interno a seu trabalho, especialmente de Dualib. Achou melhor que o cartola fosse testado.
De Londres, o presidente da MSI, que lembra ter sido campeão brasileiro, diz estar preocupado, mas não decidiu o que fará ainda. Aliás, desde que Dualib retornou da capital inglesa, em primeiro de outubro, o Corinthians não vence.
Pior, voltou à zona de rebaixamento e expôs um ambiente tumultuado entre Leão e os atletas. Os jogadores, porém, não têm coragem de peitar o treinador, apesar de muitos não concordarem com a maneira como ele arma o time e se comporta com alguns deles.
Miram o exemplo de Carlos Alberto, afastado por bater boca com ele. Enquanto isso, Dualib pede "união" e faz vista grossa à conduta de seu protegido.
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Plano de Dualib afunda o Corinthians no Brasileiro
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da Folha de S.Paulo
Alberto Dualib retomou o poder no departamento de futebol do Corinthians e o passou para Leão. A aliança, no entanto, tem se mostrado trágica. A nove rodadas do fim do Brasileiro, o clube convive com o fantasma do rebaixamento e com os mesmos problemas de relacionamento entre técnico e jogadores que nortearam os quase dois anos de parceria.
O presidente corintiano, sob o pretexto de que não havia comando no futebol, anunciou, como afronta a Kia Joorabchian, que o Corinthians é quem controlava o futebol.
Criticou o presidente da MSI, disse que ele não entende nada de futebol e o classificou como um "aventureiro". Com a equipe em último lugar no Brasileiro, Dualib, à revelia da parceira, contratou Leão. Deu poderes plenos ao treinador, que se tornou o homem forte do futebol e começou a implementar o plano de seu chefe: montar um time sem as estrelas da MSI, que será a base da reformulação para a próxima temporada.
Nos 32 dias em que Dualib passou em Londres, entre o final de agosto e o início de outubro, Leão reinou soberano. Trouxe César, Magrão e Amoroso, que não têm correspondido, livrou-se de Tevez e Mascherano e, de quebra, de Paulo Angioni, ex-diretor da MSI.
Angioni, que tinha uma sala no Parque São Jorge, foi expulso de lá. Disse a amigos que recebeu o cartão vermelho de Marcos Fernandes, controlador das contas corintianas, que lhe transmitiu recado de Londres de que ele não precisaria mais voltar ao clube porque não era mais bem-vindo.
A pessoas próximas, Kia disse que abriu mão do futebol porque entendia que a briga pelo poder poderia agravar ainda mais a situação do time, à época, recém-eliminado da Libertadores. Disse não ter suportado o bombardeio interno a seu trabalho, especialmente de Dualib. Achou melhor que o cartola fosse testado.
De Londres, o presidente da MSI, que lembra ter sido campeão brasileiro, diz estar preocupado, mas não decidiu o que fará ainda. Aliás, desde que Dualib retornou da capital inglesa, em primeiro de outubro, o Corinthians não vence.
Pior, voltou à zona de rebaixamento e expôs um ambiente tumultuado entre Leão e os atletas. Os jogadores, porém, não têm coragem de peitar o treinador, apesar de muitos não concordarem com a maneira como ele arma o time e se comporta com alguns deles.
Miram o exemplo de Carlos Alberto, afastado por bater boca com ele. Enquanto isso, Dualib pede "união" e faz vista grossa à conduta de seu protegido.
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