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17/10/2006 - 09h44

Em dia de Laís, seleção se supera no Mundial de ginástica

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CRISTIANO CIPRIANO POMBO
da Folha de S.Paulo

A seleção feminina de ginástica artística conquistou na segunda-feira no Mundial de Aarhus, por antecipação, uma das 24 vagas no Pré-Olímpico de 2007. E surpreendeu, em especial, pela performance de Laís Souza.

A ginasta paulista desbancou Daiane dos Santos no solo, Daniele Hypólito na trave e Camila Comin nas paralelas assimétrica e, pela primeira vez, disputará num Mundial a final do individual geral, que computa a soma dos quatro aparelhos e elege a ginasta mais completa.

"Foi bom. Mas daqui para a frente é que é para valer", afirmou Laís, que é tida pelo treinador da seleção, o ucraniano Oleg Ostapenko, como a ginasta mais promissora do país para a Olimpíada de Pequim-2008.

A atleta paulista somou 59.875 pontos, ou 26% do total da seleção brasileira que, após ter liderado boa parte da fase classificatória, fechou o dia em quarto lugar (230,475 pontos) entre as 23 equipes.

"Foi surpreendente, bem melhor do que esperávamos. Tínhamos duas estreantes na equipe [Juliana Santos e Bruna da Costa]. Mesmo assim, chegamos a ficar em primeiro e, agora, praticamente nos asseguramos na final por equipes", diz Eliane Martins, supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica.

A confiança da dirigente em ficar entre as oito deve-se ao fato de apenas 11 equipes competirem nesta terça, sendo que só China, Rússia, Ucrânia e Grã-Bretanha têm se mostrado capazes de superar a seleção nacional.

"Por mais que elas se saiam bem, perderíamos quatro posições e, ainda assim, ficaríamos em oitavo, o que nos leva à final de quarta-feira", afirma Eliane.

Segundo ela, o desempenho da seleção pôde ser medido mais uma vez pelas palavras de Ostapenko. "Ele ficou orgulhoso de ver a Laís, a quem se dedicou um ano só para corrigir erros de postura, atuando bem e merecendo elogios. No final, quando perguntamos como a equipe tinha se saído, ele disse: 'Normal'. Quando ele fala normal, para nós, é excelente."

Para os treinadores, a maior conquista foi justificar o investimento feito para ir ao Mundial --R$ 160 mil-- e a manutenção do projeto olímpico.

"Cumprimos a meta maior, que foi classificar a equipe para o Pré-Olímpico de 2007. Agora, teremos mais um ano para melhorar as atletas", afirma a ucraniana Iryna Ilyaschenko, que treina a equipe ao lado do compatriota Ostapenko.

Atleta mais festejada, Laís pode, dependendo dos resultados de hoje, participar de seis finais. Além da equipe, ela garantiu vaga no individual geral, assim como Daniele Hypólito, e ficou entre as oito primeiras em cada um dos aparelhos.

"Caso isso aconteça, iremos bater o recorde de finais em um Mundial, contando as duas de Diego Hypólito [salto e solo]", diz Eliane, que festejara a classificação da equipe masculina, que ficou em 18º.

Independemente dos resultados, Laís, atual líder do quadro de medalhas da Copa do Mundo 2005/2006, apagou a imagem do último Mundial de Melbourne-05, quando se contundiu na véspera da estréia e acabou ficando fora das provas.

A exemplo do ano passado e ao contrário do time masculino --ele obteve seu pior resultado--, as americanas dominaram, com 243,325 pontos, seguidas de Romênia e Austrália. E ainda viram Anastasia Liukin tirar nas paralelas a maior nota do torneio: 16,200.

Daiane
Daiane dos Santos, que tinha competido apenas uma vez neste ano, não conseguiu manter a nota apresentada no solo na etapa da Copa do Mundo em Moscou, quando levou o ouro com 15,300. Ontem, no tablado do NRGi Arena, a gaúcha, que busca seu segundo título mundial, cometeu pequenos erros e acabou ficando com a quinta melhor nota do dia no aparelho, um 15,050, a 0,375 da líder, a italiana Vanessa Ferrari.

Agora, Daiane terá que torcer contra britânicas, chinesas, russas e ucranianas, que competem hoje, para chegar à final, que reunirá as oito melhores atletas no próximo sábado.

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