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20/10/2006 - 10h19

Para resolver problema, Carlos Alberto recorre a Kia Joorabchian

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EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo

O meia Carlos Alberto, afastado por Emerson Leão, recorreu ontem a Kia Joorabchian para tentar solucionar seu problema. O jogador, que faltou às duas sessões de treinos no Parque São Jorge passadas a ele pela comissão técnica, telefonou no final da tarde para o presidente da MSI e ameaçou ir embora caso não seja reintegrado pelo treinador.

Afastado das decisões do departamento de futebol, o iraniano pediu calma ao atleta até que a situação se resolva. A assessoria da parceira corintiana, porém, não informou se Kia irá interceder no caso.

A assessoria de imprensa de Carlos Alberto e o próprio jogador deram outra versão para o caso. Dizem que foi o iraniano quem telefonou para o atleta e pediu a ele que aguardasse em casa até segunda ordem.

"O Kia, sabendo de tudo, ficou chateado, e falou que vai resolver a situação com a diretoria", afirmou o meia.

Ele justificou a ausência aos treinamentos porque esperava telefonema do presidente corintiano, Alberto Dualib, para ir a Jarinu se encontrar com Leão, conforme havia sido acordado, segundo ele, no dia anterior com o cartola.

"Como iria treinar hoje se o presidente disse que eu deveria aguardar o contato para irmos para Jarinu? Fiquei esperando com as malas prontas. Só estou cumprindo ordens dos meus superiores, assim como cumprirei o que me foi passado hoje [ontem] pelo Kia", disse.

A diretoria do clube, porém, nega que Dualib tenha prometido levar o atleta para a concentração corintiana.

Leão, de bom humor, disse à Folha de S.Paulo que o caso deve ser definido pela diretoria. "Eu fiquei sabendo que ele faltou. Mas vamos aguardar uma posição", disse o técnico, que comandou treinamento ontem pela manhã em Jarinu com o restante do elenco. Pelas normas do clube, Carlos Alberto deve ser multado pela diretoria.

A nova infração do jogador, que foi afastado por ter discutido com o técnico na Argentina, reforça a posição de Leão, que não aceitou nem o pedido do presidente do clube, Alberto Dualib, para reintegrá-lo.

Leão negou qualquer encontro com Carlos Alberto. Argumentou não ter "pressa" para resolver assunto, que considera "sério". O treinador ficou irritado também com as entrevistas dadas pelo atleta e pelo procurador dele, Richard Alda.

Carlos Alberto afirmou que Leão mentiu ao dizer que sua substituição no jogo contra o Lanús foi motivada por seu comportamento no jogo --ele disse que o meia, que deu cotoveladas em adversários e fez gestos obscenos, seria expulso.

"Antes da minha saída, teve um caso muito desagradável que não posso contar", falou.

Alda disse que o jogador já vinha se queixando de Leão e que o bate-boca na Argentina foi a gota d'água na relação.

"Ele [Leão] tem uma liderança muito frágil. Precisa de confronto e procurou um menino de 22 anos para se impor."

O meia também afirmou que só ofendeu Leão porque o treinador o ofendeu primeiro.

Apesar de ter dito que desconhecia as declarações, o técnico achou que o atleta mais uma vez desrespeitou a hierarquia e disse isso a Dualib. E mandou recado ao atleta. "O termômetro [para a volta dele] é o dia-a-dia, a vontade, saber o que representa o Corinthians e sua torcida. Quando achar que está pronto, eu o chamo", disse.

Protesto

Um dos muros do Parque São Jorge amanheceu pichado ontem com as inscrições "Fora Dualib" e "Tomem cuidado. Se o time cair, cabeças vão rolar". A diretoria do clube, que não comentou o assunto, mandou pintar o muro. Mesmo assim, as inscrições ainda eram visíveis até o início da manhã. A pichação ocorreu um dia após a torcida Gaviões da Fiel ter ido de surpresa à concentração corintiana em Jarinu cobrar reação do time, que está na zona de rebaixamento do Brasileiro.

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