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04/11/2006 - 10h19

Picerni chega ao Palmeiras com quase o dobro do salário de antes

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LUÍS FERRARI
PAULO GALDIERI
da Folha de S.Paulo

A contratação de Jair Picerni ilustra a diferença de filosofias do Palmeiras de hoje, com Affonso della Monica como presidente, e o de antes, com Mustafá Contursi. O técnico, que já foi parte do famoso projeto de "bom e barato", implantado nos últimos anos da gestão de Contursi, agora chega com seu valor quase dobrado.

Para contar com os serviços de Jair Picerni, o Palmeiras vai ter que desembolsar por mês o equivalente a quase duas vezes o que pagava na primeira passagem do treinador.

O técnico, que há quase dois anos saiu do clube demitido por não ter conseguido levá-lo de volta aos título na elite, custará ao Palmeiras cerca de R$ 100 mil por mês --50% pagos em direitos de imagem. Na passagem anterior, o técnico tinha rendimentos próximos dos R$ 60 mil mensais, mas apenas pouco menos de 10% eram pagos fora do contrato de trabalho registrado em carteira.

Porém, ainda que o "custo Picerni" seja quase o dobro em relação à vez anterior, ele representa também economia.

Tite, último treinador recrutado externamente, ganhava cerca de R$ 200 mil mensais. Emerson Leão, quase R$ 500 mil, com luvas parceladas, salários e direitos de imagem.

Picerni sabe que pode ganhar mais mensalmente, mas não tem a certeza de que será por um longo período, como os quase 18 meses de sua passagem anterior, quando ganhou a Série B em 2003, único título palmeirense neste século.

O contrato, firmado com prazo de 12 meses, depende muito dos resultados destes seis jogos finais do Palmeiras no Brasileiro. Os dirigentes palmeirenses chegaram até a cogitar um vínculo temporário, para cobrir apenas essa temporada. Só não vingou assim porque o técnico bateu o pé.

"Isso é coisa de quem está subindo dos juniores para o profissional. Contrato tem que ser de um ano. Depois a gente vê como fica", explicou o novo comandante palmeirense, que em seu primeiro dia de trabalho se mostrou muito feliz pelo retorno. "O Palmeiras e o São Caetano foram, nos últimos tempos, os dois grandes momentos [da carreira]."

Picerni, em sua apresentação, disse que o convite aconteceu "pela natureza"."Não tenho empresário. Recebi o telefonema do Ilton [José da Costa, gerente de futebol] e aceitei conversar. Eu já vinha projetando a volta para um clube grande. E veio o Palmeiras."

A estratégia de pagar mais para ter de volta um profissional com passagem boa anteriormente não é novidade na gestão de Della Monica.

Em 2005, o presidente já tentara resolver um problema de falta de opções na lateral direita recontratando Baiano pelo dobro do que ele ganhava na sua passagem anterior pelo clube.

Baixas

Em sua reestréia à frente do Palmeiras, domingo, contra o Paraná Clube, em Curitiba, o técnico Jair Picerni terá um elenco enfraquecido. Três jogadores estão contundidos, e outros três, suspensos.

Na derrota para o Goiás, o meia Valdivia, o volante Marcinho Guerreiro e o lateral Paulo Baier receberam o terceiro amarelo.

No departamento médico estão o atacante Marcinho e o lateral Michael, com dores musculares, e o zagueiro Dininho, com dores no púbis --ele é o único que tem chance de jogar.

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