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15/11/2006 - 15h26

Zé Roberto disfarça, mas "trauma de Atenas" ainda move o Brasil

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DÉBORA YURI
da Folha de S.Paulo, em Osaka (Japão)

Depois de assistir à fácil vitória da Rússia sobre a Itália por 3 sets a 0 no ginásio Central de Osaka, o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, conversou com a Folha e sinalizou que o time que começa a briga pelo inédito título mundial será o mesmo que iniciou a partida contra as sérvias na semifinal.

O técnico só demonstrou irritação ao ser questionado sobre "o trauma de Atenas" --na Olimpíada de 2004, sob seu comando e contra as mesmas gigantes russas, a seleção feminina sofreu uma de suas derrotas mais doloridas. Vencia o quarto set da semifinal por 24 a 19, levou a virada e ficou longe da disputa pela medalha de ouro ao cair no tie-break.

Folha - Você já esperava enfrentar a Rússia na final do Mundial?
Zé Roberto - Eu já sabia que pegaríamos a Rússia. Vai ser um jogo tático, temos menos de um dia de preparação. Vamos ver vídeos de manhã, essas coisas.

Folha - O Brasil já venceu as russas na segunda fase do campeonato. O que muda?
Zé Roberto - Daquela vez, elas jogaram sem a Sokolova, que para mim é a jogadora mais regular do mundo. Vai ser um outro jogo.

Folha - Sokolova é a sua principal preocupação?
Zé Roberto - Eles têm a Sokolova, a Gamova, a Godina. O maior problema de jogar contra elas è que a gente precisa do passe. É um time de saque forte e bloqueio pesado.

Folha - A derrota nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Atenas para as russas pode pesar na decisão do Mundial?
Zé Roberto - Vocês ficam perguntando sobre isso... Aquele jogo já passou. Aquele jogo a gente perdeu. São outras jogadoras agora.

Folha - Você gosta de dizer que tem um grupo de 12 jogadoras. O time que começa a final será o mesmo de hoje?
Zé Roberto - Eu não sei o que o jogo de amanhã vai me trazer. Mas pode ser que comece o time que iniciou hoje.

Folha - Muitos falam que o fator psicológico já prejudicou a seleção feminina em decisões importantes, não só sob o seu comando mas também com o Bernardinho, e você mesmo já declarou que treinar mulheres é diferente de treinar homens. Vai fazer alguma preparação especial com as meninas antes da final?
Zé Roberto - Eu não vejo assim. Acho que não chegou o momento do vôlei feminino brasileiro até agora. Em 84, a gente perdeu no masculino, e ganhamos [o ouro olímpico] em 92.

Folha - Chegou o momento do vôlei feminino brasileiro?
Zé Roberto - Eu não sei. Você sabe?

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