Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/11/2006 - 12h24

Corintianos fazem pronunciamento e decidem manter greve de silêncio

Publicidade

da Folha Online

Apesar de terem anunciado ontem que acabariam com a greve de silêncio nesta quinta-feira, os jogadores do Corinthians fizeram apenas um pronunciamento e vão continuar, ao menos por enquanto, sem falar com os jornalistas.

A alegação é de que novas "inverdades" foram divulgadas pela imprensa --o grupo se reunirá novamente para decidir se voltará realmente a falar ou não.

"O grupo inteiro ficou chateado com inverdades [que teriam saído na imprensa]. Vamos ter uma nova reunião para decidir o que fazer, para que quando voltemos a falar possamos falar de igual para igual e não haja mais problemas. Os jogadores querem sim dar sua cara", disse o meia Roger.

Segundo o zagueiro Marinho, outro que participou do pronunciamento de hoje --Betão, Sebá e Johnny Herrera também estavam presentes--, as decisões de falar ou não falar são tomadas por todos os atletas do elenco.

"Até segunda ordem vamos permanecer em silêncio. Queremos deixar bem claro que isso é um atitude do grupo. Disseram que o Magrão foi de porta em porta, que o Leão forçou [a greve]. Foi o grupo que se reuniu e todos votaram por isso. Só resolvemos falar [hoje] para provar que aquilo que disseram de que havia um grupinho para derrubar o treinador era mentira. Isso foi provado dentro de campo", afirmou.

O silêncio começou em 16 de outubro, um dia após a derrota para o Flamengo. Na ocasião, os atletas assinaram manifesto contra a conduta de dois jornalistas, que sugeriam um boicote de parte do grupo ao trabalho do técnico Emerson Leão.

Apesar de dizer que não teve influência na decisão de seus comandados, Leão os pressionou por várias vezes nos vestiários para que assumissem o vazamento de informações que mostravam resistência do grupo a seu trabalho. Chegou até a dizer para os atletas que não falassem com alguns jornalistas.

Segundo cartolas do clube, no dia em que anunciaram a greve, o volante Magrão, sob ordens de Leão, passou nos quartos dos atletas na concentração em Jarinu colhendo assinaturas dos companheiros. O técnico nega.

O fato é que os jogadores já vem sendo pressionados a dar entrevistas por patrocinadores e também por assessores pessoais.

O acordo inicial previa que só dariam entrevistas novamente após o final do Brasileiro. Mas como o time reagiu no torneio e não corre mais risco de rebaixamento, os jogadores avaliaram que prolongar o silêncio só desgastaria a imagem do grupo, que pode se aproveitar do bom momento do time.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Corinthians
  • Leia cobertura completa do Campeonato Brasileiro-2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página