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24/11/2006 - 10h48

Corinthians vai a "banco"; MSI prepara ida à Justiça

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EDUARDO ARRUDA
RODRIGO MATTOS
da Folha de S.Paulo

Enquanto a neta do presidente ganha dinheiro com o clube, o Corinthians teve que recorrer a um empréstimo da Federação Paulista de Futebol por falta de recursos para quitar seus compromissos.

E os problemas na gestão do presidente corintiano, Alberto Dualib, não se limitam à esfera financeira. A MSI promete processar a SMA, de Carla Dualib, por uso indevido de propriedades do marketing do clube, que pertencem à parceira.

Ontem, a Folha revelou que a empresa da neta do presidente recebeu R$ 866 mil em comissões por acordos do Corinthians com a Nike e a Abril. A SMA não tem contrato com o clube, mas dá as cartas no departamento de marketing.

Questionada pela reportagem, a MSI informou, por meio de sua assessoria, que "qualquer empresa que faça uso ou intermediação da marca corintiana sem a permissão da MSI o está fazendo ilegalmente." E ainda acrescentou: "Desse modo, a MSI buscará na Justiça preservar os seus direitos contra aqueles que não respeitarem o contrato de parceria".

Além de Carla Dualib, o ex-vice-presidente de finanças do clube Carlos Roberto de Mello também lucrou com o clube, segundo mostrou o "Diário de S. Paulo". Recebeu só em 2004 R$ 195 mil por serviços de sua empresa, a Goodwill.

Os problemas também se somam no caixa do Corinthians. Após pedido de Dualib, a FPF emprestou cerca de R$ 5 milhões ao Corinthians. O débito será quitado com receitas do Campeonato Paulista-2007.

"Lançamos mão desse recurso para acertar alguns compromissos. Estamos com problemas de caixa", disse o vice-presidente de finanças do clube, Emerson Piovesan, que não confirmou o valor dado pela federação aos corintianos.

Segundo ele, a verba será usada para quitar débitos fora do departamento de futebol.

No Parque São Jorge, cartolas dizem que a MSI está com as contas em dia. A parceira também informa que honra seus compromissos financeiros. Os investimentos vultosos da MSI, entretanto, devem secar em 2007. Dualib, contudo, continua prometendo que a parceira dará R$ 20 milhões. Até aliados do dirigente duvidam. Dizem que, se o clube conseguir recursos, eles serão usados para cobrir dívidas, e não para reforçar a equipe na próxima temporada.

O empresário Renato Duprat, que apresentou Kia Joorabchian, da MSI, a Dualib, é quem tem a missão de obter recursos com investidores, mas não obteve êxito até agora. Promete viajar até Londres para convencer os parceiros.

Sem Kia, que migrou para o Flamengo, situacionistas e oposicionistas dizem que a parceria chegou ao fim. Só falta o anúncio oficial, o que a diretoria tenta adiar para após a eleição ao Conselho, em janeiro.

Ontem, a oposição, com o conselheiro Antônio Roque Citadini, ex-aliado de Dualib, lançou manifesto pedindo mudanças no Corinthians.

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