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04/01/2001 - 08h30

Privatizado, Banespa seguirá no esporte

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ADALBERTO LEISTER FILHO
ERICH BETING

da Folha de S.Paulo

A privatização do Banespa não vai prejudicar as atividades das equipes esportivas do clube.

O receio dos dirigentes do vôlei e do futsal de ver o patrocínio dado pelo banco para o esporte se extinguir após a venda do Banespa para o espanhol Santander, há dois meses, não existe mais.

Uma reunião realizada em 21 de dezembro entre a cúpula do Santander e os gerentes esportivos José Montanaro Júnior _responsável pelo vôlei do clube_ e Rubens Bueno _encarregado do futsal_ foi definitiva para a decisão em favor da manutenção do investimento do banco no esporte.

Segundo os dois gerentes do clube, durante a reunião foram entregues aos dirigentes do Santander os 14 troféus conquistados pelas equipes esportivas de vôlei e futsal do Banespa no ano passado.

A pressão das conquistas teria pesado na decisão do colombiano Gabriel Jaramillo, presidente do Santander do Brasil, em continuar a investir no esporte.

"Mostramos aos representantes do Santander os troféus conquistados pela equipe principal no ano passado (Taça São Paulo, Campeonato Paulista e Supercopa dos Campeões)", afirmou Montanaro.

De acordo com o dirigente, os diretores do Santander ficaram impressionados com os resultados e prometeram não cortar a verba dada ao clube em 2001.

"Eles já adiantaram que vão manter o patrocínio", disse. Segundo Montanaro, essa reunião representou apenas um primeiro contato. "Só foi definido que o banco continua a patrocinar o clube. Depois é que conversaremos detalhadamente sobre o contrato", disse o dirigente.

O time de vôlei do Banespa é um dos mais tradicionais do país. A equipe iniciou sua atividade com a equipe adulta há 15 anos. O auge do time foi no começo da década de 90, quando chegou a vice-campeã mundial de clubes em dois anos seguidos, em 1990 e 91.

Da equipe campeã olímpica em Barcelona-1992, metade dos atletas titulares foram revelados pelo clube. Além disso, o técnico daquela equipe, José Roberto Guimarães, também atuou pelo Banespa na década de 80. Jogadores como Marcelo Negrão, Tande e Giovane despontaram no clube.

Enquanto o vôlei aguarda um novo contato com o banco espanhol, a diretoria de futsal iniciou os trabalhos para montar a equipe visando a Taça Brasil de clubes _da qual foi campeã em 1997_ e a Liga Futsal deste ano.

Campeão paulista de 2000, o clube, que já conta com o aval do Santander, renovou o contrato com a base do time que foi campeão paulista, além de manter o técnico Marcos Moraes e o ala Falcão, que integrou a seleção brasileira no Mundial da Guatemala, no ano passado.

"O Santander definiu a continuidade do patrocínio, mas ainda não marcamos reunião para assinatura do contrato. Isso deve acontecer nos próximos dias", disse Rubens Bueno.

Segundo o dirigente, o valor do patrocínio não deve ser alterado _em 2000 o Banespa gastou R$ 800 mil com o time.

Se o futsal assina novo contrato nos próximos dias, a definição do futuro do vôlei será feita somente no final de abril, após o encerramento da Superliga. Apesar disso, Montanaro acredita que em pouco tempo as negociações com o Santander sejam concretizadas.

"Até agora só tivemos um contato com a direção do banco, mas que serviu para sabermos que eles vão continuar investindo no clube. Depois deverá haver outra reunião, que servirá para definir o patrocínio, quais mudanças serão feitas, se é que haverá mudanças", disse o dirigente.

Embora Montanaro e Bueno confirmem a manutenção do patrocínio, o Santander não confirma a renovação do apoio.

A Folha tentou entrar em contato com a direção do Santander, mas foi informada pela sua assessoria de imprensa que o banco não se pronunciaria a respeito.
 

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