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04/01/2001
-
19h28
da Sucursal do Rio
Preparada pelo árbitro Oscar Roberto Godoi, a súmula da decisão da Copa João Havelange, entre Vasco e São Caetano, não responsabiliza o clube carioca, dono do estádio de São Januário, pela interrupção da partida.
De acordo com o presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Luiz Zveiter, o documento assinado por Godoi "retrata o que o árbitro viu em campo", sem juízos de valor. É datilografado e tem cerca de uma página e meia de extensão.
Zveiter recebeu hoje a súmula do jogo, suspenso aos 23 minutos do primeiro tempo após a queda de parte do alambrado. O acidente feriu 210 pessoas.
Não há acusações a dirigentes do Vasco nem considerações a respeito da atuação do policiamento antes e depois do acidente.
O motivo alegado por Godoi para decretar a suspensão definitiva da partida foi uma afirmação do responsável pelo policiamento no estádio, major Nilton Braga.
Segundo a súmula, Braga disse ao árbitro que não se responsabilizaria mais pela segurança dos torcedores e jogadores caso a partida recomeçasse. O oficial da PM cumpria ordem do governador do Rio, Anthony Garotinho.
A súmula vem acompanhada de um pequeno texto manuscrito, de "três linhas e meia", segundo Zveiter, escrito pelo major Braga.
Zveiter disse que Godoi descreve o comportamento da torcida como "ordeiro e tranquilo".
O árbitro diz que reiniciaria o jogo depois de duas varreduras _procedimentos de esvaziamento do gramado, com a remoção das vítimas_ feitas pela Polícia Militar, pelo Corpo de Bombeiros e pelos seguranças do Vasco. A afirmação do major Braga teria impedido o reinício da partida.
A seguir, Godoi suspendeu a final, o que provocou a irritação do presidente eleito do Vasco, Eurico Miranda. O dirigente, que desde o início da confusão queria o esvaziamento do gramado e o reinício da decisão, chamou Garotinho de "frouxo e de incompetente".
Essas afirmações levaram o governador a dar início a um processo criminal _por calúnia, injúria e difamação_ e outro cível _que pede indenização por danos morais- contra Eurico.
O julgamento que decidirá os rumos da Copa JH vai acontecer no começo da próxima semana. Zveiter disse que pretende realizá-lo o mais rápido possível.
"Se der, faremos (o julgamento) até na segunda-feira. Se não, na terça-feira", afirmou. O Comitê Executivo do Clube dos 13 deve se reunir nesta segunda para propor uma solução ao impasse. A decisão final, entretanto, é da Justiça desportiva. "Prevalece a decisão do tribunal", disse Zveiter.
O presidente do STJD aguarda a cópia da fita do jogo e o relatório do delegado da partida, Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio.
A súmula será remetida à procuradoria do tribunal, que decidirá se fará a denúncia. O julgamento será marcado em seguida.
Godói inocenta Vasco por tragédia na final da Copa JH
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Preparada pelo árbitro Oscar Roberto Godoi, a súmula da decisão da Copa João Havelange, entre Vasco e São Caetano, não responsabiliza o clube carioca, dono do estádio de São Januário, pela interrupção da partida.
De acordo com o presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Luiz Zveiter, o documento assinado por Godoi "retrata o que o árbitro viu em campo", sem juízos de valor. É datilografado e tem cerca de uma página e meia de extensão.
Zveiter recebeu hoje a súmula do jogo, suspenso aos 23 minutos do primeiro tempo após a queda de parte do alambrado. O acidente feriu 210 pessoas.
Não há acusações a dirigentes do Vasco nem considerações a respeito da atuação do policiamento antes e depois do acidente.
O motivo alegado por Godoi para decretar a suspensão definitiva da partida foi uma afirmação do responsável pelo policiamento no estádio, major Nilton Braga.
Segundo a súmula, Braga disse ao árbitro que não se responsabilizaria mais pela segurança dos torcedores e jogadores caso a partida recomeçasse. O oficial da PM cumpria ordem do governador do Rio, Anthony Garotinho.
A súmula vem acompanhada de um pequeno texto manuscrito, de "três linhas e meia", segundo Zveiter, escrito pelo major Braga.
Zveiter disse que Godoi descreve o comportamento da torcida como "ordeiro e tranquilo".
O árbitro diz que reiniciaria o jogo depois de duas varreduras _procedimentos de esvaziamento do gramado, com a remoção das vítimas_ feitas pela Polícia Militar, pelo Corpo de Bombeiros e pelos seguranças do Vasco. A afirmação do major Braga teria impedido o reinício da partida.
A seguir, Godoi suspendeu a final, o que provocou a irritação do presidente eleito do Vasco, Eurico Miranda. O dirigente, que desde o início da confusão queria o esvaziamento do gramado e o reinício da decisão, chamou Garotinho de "frouxo e de incompetente".
Essas afirmações levaram o governador a dar início a um processo criminal _por calúnia, injúria e difamação_ e outro cível _que pede indenização por danos morais- contra Eurico.
O julgamento que decidirá os rumos da Copa JH vai acontecer no começo da próxima semana. Zveiter disse que pretende realizá-lo o mais rápido possível.
"Se der, faremos (o julgamento) até na segunda-feira. Se não, na terça-feira", afirmou. O Comitê Executivo do Clube dos 13 deve se reunir nesta segunda para propor uma solução ao impasse. A decisão final, entretanto, é da Justiça desportiva. "Prevalece a decisão do tribunal", disse Zveiter.
O presidente do STJD aguarda a cópia da fita do jogo e o relatório do delegado da partida, Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio.
A súmula será remetida à procuradoria do tribunal, que decidirá se fará a denúncia. O julgamento será marcado em seguida.
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