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12/12/2006
-
10h01
da Folha de S.Paulo
A insatisfação com a falta de planejamento da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) fez Fernando Meligeni pedir seu afastamento do posto de capitão da equipe da Copa Davis.
"Estou sendo muito bloqueado. Não há nenhum planejamento para 2007", afirmou ele.
O ex-tenista tinha planos de gastar pelo menos 20 semanas do próximo ano viajando para acompanhar os tenistas brasileiros no circuito profissional.
"Ser capitão da Davis não é apenas reunir os jogadores uma semana antes, treinar e, na hora das partidas, ficar berrando na beira da quadra."
Meligeni assumiu a equipe em fevereiro de 2005. Tirou o time da terceira divisão da Copa Davis, mas esbarrou na Suécia no confronto que levaria o Brasil de volta à elite da Davis em caso de vitória --foi sua única derrota em seis embates.
A escolha de Belo Horizonte como sede dos jogos com os suecos, em setembro, também foi um ponto de atrito. "Não perdemos por causa disso, mas parece lógico que jogadores e técnicos precisam ser ouvidos."
O desejo da comissão técnica era atuar em uma cidade no nível do mar, mas a confederação, por questões financeiras, optou pela capital mineira.
Meligeni disse que a CBT não tem a dimensão da magnitude da Davis. "É o carro-chefe do tênis brasileiro, a maior chance de fazer dinheiro, recebe uma atenção enorme da mídia, mas não é tratada dessa maneira."
A CBT divulgou compreender a frustração de Meligeni, mas refutou o motivo apresentado para sua saída.
"Não temos falta de planejamento, mas de dinheiro", afirmou o presidente da CBT, Jorge Lacerda da Rosa.
O dirigente, que substituiu Nelson Nastás na presidência, diz que procura patrocínio, mas "o trabalho de recuperar a credibilidade é lento".
Além das dívidas deixadas pela administração passada, a CBT já acumula novas.
"Não recebemos o pagamento de todas as cotas do governo de Minas Gerais e de algumas empresas que investiram na Copa Davis contra a Suécia."
O ex-capitão disse entender a situação, mas ressaltou que é necessário encontrar novas maneiras de conseguir verbas.
O sucessor de Meligeni será definido apenas no próximo ano. "Não vamos pensar nisso agora, temos tempo suficiente até o Brasil jogar novamente", disse o presidente da CBT.
Pela segunda divisão, o Brasil enfrenta, em abril, o vencedor de Colômbia x Canadá.
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Insatisfeito, Meligeni pede afastamento do posto de capitão
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A insatisfação com a falta de planejamento da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) fez Fernando Meligeni pedir seu afastamento do posto de capitão da equipe da Copa Davis.
"Estou sendo muito bloqueado. Não há nenhum planejamento para 2007", afirmou ele.
O ex-tenista tinha planos de gastar pelo menos 20 semanas do próximo ano viajando para acompanhar os tenistas brasileiros no circuito profissional.
"Ser capitão da Davis não é apenas reunir os jogadores uma semana antes, treinar e, na hora das partidas, ficar berrando na beira da quadra."
Meligeni assumiu a equipe em fevereiro de 2005. Tirou o time da terceira divisão da Copa Davis, mas esbarrou na Suécia no confronto que levaria o Brasil de volta à elite da Davis em caso de vitória --foi sua única derrota em seis embates.
A escolha de Belo Horizonte como sede dos jogos com os suecos, em setembro, também foi um ponto de atrito. "Não perdemos por causa disso, mas parece lógico que jogadores e técnicos precisam ser ouvidos."
O desejo da comissão técnica era atuar em uma cidade no nível do mar, mas a confederação, por questões financeiras, optou pela capital mineira.
Meligeni disse que a CBT não tem a dimensão da magnitude da Davis. "É o carro-chefe do tênis brasileiro, a maior chance de fazer dinheiro, recebe uma atenção enorme da mídia, mas não é tratada dessa maneira."
A CBT divulgou compreender a frustração de Meligeni, mas refutou o motivo apresentado para sua saída.
"Não temos falta de planejamento, mas de dinheiro", afirmou o presidente da CBT, Jorge Lacerda da Rosa.
O dirigente, que substituiu Nelson Nastás na presidência, diz que procura patrocínio, mas "o trabalho de recuperar a credibilidade é lento".
Além das dívidas deixadas pela administração passada, a CBT já acumula novas.
"Não recebemos o pagamento de todas as cotas do governo de Minas Gerais e de algumas empresas que investiram na Copa Davis contra a Suécia."
O ex-capitão disse entender a situação, mas ressaltou que é necessário encontrar novas maneiras de conseguir verbas.
O sucessor de Meligeni será definido apenas no próximo ano. "Não vamos pensar nisso agora, temos tempo suficiente até o Brasil jogar novamente", disse o presidente da CBT.
Pela segunda divisão, o Brasil enfrenta, em abril, o vencedor de Colômbia x Canadá.
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