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02/01/2007 - 11h00

Caldeira usa vitória na São Silvestre como "trampolim" para maratonas

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da Folha de S.Paulo

Utilizar o triunfo nos 15 km da São Silvestre como incentivo para buscar status e prêmios na modalidade mais desgastante do atletismo olímpico. O roteiro que Franck Caldeira quer seguir em 2007 não é novo e vai colocá-lo em confronto com esportistas bem mais experientes.

Mas, após a acachapante vitória lograda nas ruas de São Paulo, o atleta de 23 anos e seu treinador acreditam que existem motivos de sobra para tornar a disputa de maratonas uma prioridade em 2007.

"Ocorrem várias provas durante o ano e os prêmios são ótimos. Além disso, quem ganha uma maratona fica mais conhecido que um vencedor de outra corrida em pista. O status é outro, e o Franck está pronto", diz Henrique Viana, técnico do corredor mineiro.

Ele quer que Caldeira dispute sua primeira maratona --prova de 42,195 km, a mais longa das que integram o cardápio da Olimpíada-- em abril, na cidade de Roterdã (Holanda). Seria o primeiro passo para tentar uma classificação para o Pan-Americano do Rio, programado para julho.

"Temos chances na maratona e nos 10.000 m. Se conseguirmos vagas em ambas, optaremos pela primeira", afirma Viana.

O novo rumo estabelecido por Caldeira não é incomum. O mesmo roteiro já foi seguido, com sucesso, por outros ex-campeões da São Silvestre. Marilson Gomes dos Santos, por exemplo, triunfou na corrida paulistana em 2005. No ano seguinte, com uma programação voltada para a disputa de maratonas, conquistou a de Nova York, uma das mais prestigiadas do calendário.

O prêmio que embolsou foi de R$ 278 mil. Como comparação, a São Silvestre para R$ 21 mil ao campeão.

Marilson, 29, está à frente de Caldeira no ranking brasileiro da maratona. Afirmou, contudo, que pretende correr no Pan os 5.000 m e 10.000 m. Mesmo assim, não vão faltar competidores qualificados na disputa por duas vagas na prova de 42 km. Vanderlei Cordeiro de Lima, 37, bronze na maratona em Atenas-2004, já manifestou desejo de obter uma vaga na delegação brasileira.

"Respeito meus rivais e sei de minhas condições. Sou a terceira geração e estou pronto para correr com eles", diz Caldeira.

Os treinamentos para alcançar os novos objetivos não vão ser muito diferentes dos que realiza hoje. Viana já definiu que seu pupilo vai seguir praticando na altitude, técnica que ajuda a aumentar a oxigenação do sangue. A dúvida é o local: Campos do Jordão (SP), praça utilizada atualmente, ou uma cidade no exterior.

"A opção que trabalhamos é Cochabamba, na Bolívia, que fica 2.600 m acima do nível do mar. Só que, aqui no Brasil, podemos oferecer um tratamento mais específico ao Franck, com uma equipe multidisciplinar."

O comandante tem boas recordações de maratonas. Ele treinava Ronaldo da Costa em 1998, quando o brasileiro estabeleceu a melhor marca do mundo na prova. A façanha ocorreu em Berlim (ALE). Ronaldo tinha 28 anos e cumpriu o percurso em 2h06min05s.

A melhor marca de Caldeira na prova é 2h14min06s. "Ambos são talentosos, mas vejo o Franck como um atleta mais focado que o Ronaldo. Isso é muito importante", diz Viana.

Especial
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