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10/01/2007 - 09h00

Rio ganha rival de peso para organizar Olimpíada-2016

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da Folha de S.Paulo

O Rio de Janeiro ganhou novo e importante rival na disputa pela Olimpíada de 2016.

Ontem, o Comitê Olímpico dos EUA (Usoc, na sigla em inglês) encerrou uma pesquisa de 18 meses e informou que o país vai eleger uma cidade para entrar na contenda dos Jogos.

Los Angeles e Chicago são as escolhidas. A definição da preferida pelos norte-americanos será feita em abril.

O processo de seleção evidenciou diferenças pontuais em relação ao adversário brasileiro. Houve, em primeiro lugar, concorrência interna acirrada. Originalmente, cinco cidades queriam abrigar a Olimpíada. Mais: as duas finalistas prometem bancar seus projetos sem verba pública.

O Rio foi anunciada como pleiteante no ano passado. Não houve promoção de concorrência no país. O Comitê Olímpico Brasileiro homologou a candidatura carioca com base em decisão de seu Conselho Executivo e na análise de uma consultoria internacional.

No total, anunciou que os Jogos custariam R$ 5 bilhões.

Quando ganhou o direito de receber o Pan-Americano de 2007, o mesmo Rio avisou que o evento seria viabilizado com pouco mais de R$ 500 milhões.

A conta, contudo, já ultrapassa os R$ 3,5 bilhões. E o dinheiro público, via governos federal, estadual e municipal, sustenta todo o orçamento.

Madri (Espanha), Tóquio (Japão), Nova Déli (Índia), Praga (República Checa) e Roma (Itália) também manifestaram desejo de receber a competição em 2016. O anúncio do Comitê Olímpico Internacional sobre a cidade que vai receber a Olimpíada ocorre em 2009.

As cidades americanas que podem integrar tal lista terão projetos ancorados pela iniciativa privada. Em novembro último, durante entrevista à Folha de S.Paulo, Jim Scherr, presidente do Usoc, já havia alertado que projetos dependentes de verba pública perderiam prestígio.

"Nos EUA, para se organizar uma Olimpíada ou um Pan-Americano, só levamos em conta verbas da iniciativa privada. O governo, aqui, não investe diretamente nesses eventos, não financia o nosso comitê olímpico nem atletas que competem no Pan ou na Olimpíada", afirmou na época.

O feito, aliás, não é inédito. Em 1984, a própria Los Angeles dispensou ajuda financeira do governo. Com direitos de TV e verba de empresas, os organizadores bancaram com folga o custo da Olimpíada --US$ 470 milhões-- e ainda geraram lucro de US$ 150 milhões.

"Consultamos diversos dirigentes, especialmente, na Europa, para saber se nossas cidades tinham chances. Recebemos ótimas respostas", afirma Peter Ueberroth, do Usoc.

O Brasil esteve na disputa pelos Jogos de 2012, vencida por Londres. Rio e São Paulo competiram por cerca de sete meses até 7 de julho de 2003, com a escolha carioca. Na época, o orçamento do Rio previa o gasto de R$ 12 bilhões, em valores atualizados. O projeto fracassou. A candidatura teve notas decepcionantes em quase todos os 11 itens analisados pelo COI. A pior veio no quesito infra-estrutura geral --3,1.

Especial
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