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11/01/2007 - 10h31

Mesmo com Real em crise, Capello diz que não pede demissão

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RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo

Ronaldo está cortado do jogo de hoje do Real Madrid e seus dias no clube espanhol parecem mesmo estar contados. O clube espanhol pega o Betis pela Copa do Rei, e o técnico Fabio Capello abriu mão dos serviços do brasileiro, além de ter descartado também Beckham, Cassano, Salgado e Mejía.

Ainda não foi anunciada a saída de jogadores do atual elenco merengue, mas, após a reunião entre a cúpula do Real Madrid e o treinador italiano, ficou acertada uma reformulação no elenco, que começaria ainda neste mês. Ronaldo, por exemplo, já teria proposta para jogar no futebol saudita.

O Al Ittihad, que contratou o português Figo recentemente, pagaria 20 milhões de euros pelo "Fenômeno", oferta que não teria atendido os interesses do clube da capital espanhola. Ronaldo já não vem ocupando posto de titular no Real Madrid, cujo técnico reclama especialmente da "falta de caráter" do time.

"Perdemos o caráter e a vontade. Quando cheguei, falei de sofrer pela camisa, recuperar valores importantes e, nas últimas duas partidas, não vimos isso. Na reunião que tivemos, tomamos decisões importantes que serão vistas no futuro", falou Capello, que não experimentou demissão na carreira.

O italiano deixou a entender que Ronaldo é um dos jogadores que não têm se esforçado muito. "Tem treinado como sempre, regular", falou o técnico italiano, que garantiu ontem que não entregará o cargo apesar da crise do clube --o time perdeu de 2 a 0 do La Coruña e de 3 a 0 do Recreativo Huelva.

Capello pediu mais tempo para desenvolver seu projeto à frente do Real Madrid. Ele admite que alguns jogadores não estão contentes com o seu trabalho, caso de Ronaldo, mas alega que "a maior parte do vestiário" está do seu lado.

O Real Madrid passa agora a fazer treinos fechados sistematicamente. "Treinamos com portas fechadas para recuperar a concentração total. Foi uma das coisas importantes que discutimos na reunião. Tivemos sorte que os que estão acima [Sevilla e Barcelona] não ganharam e não estamos longes da liderança", falou Capello --a diferença do Real para o líder do Campeonato Espanhol, o Sevilla, é de cinco pontos.

Além de dispensar alguns atletas, Capello apontou alguns nomes que pretende contar para a diretoria. "Devemos ter jogadores que lutam, que têm vontade, que metam o pé e não esperem", disse o italiano, que não quis falar sobre a possível exclusão de atletas que teriam ido a baladas, caso de Robinho.

"São coisas de vestiário. Não posso dizer se algum jogador irá embora em janeiro."

Ontem, Predrag Mijatovic, diretor do clube espanhol, voltou a se reunir com Capello e declarou que a diretoria mantém confiança no trabalho do treinador, que já teve uma passagem vitoriosa no Real Madrid e que tenta colocar um fim à seca de títulos --desde 2003 o clube não ganha nada de peso.

"Vamos ver um novo time amanhã [hoje]", falou Capello.

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