Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/01/2007 - 10h04

Corinthians troca advogado para tentar resolver caso Nilmar

Publicidade

EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo

O Corinthians cedeu à pressão do estafe de Nilmar, decidiu mudar sua estratégia de defesa na Fifa e, desse modo, ficou mais perto de ter o atacante de volta à concentração em Jarinu (a 80 km de São Paulo) na próxima segunda-feira.

Ontem, após reunião entre o presidente do clube, Alberto Dualib, o homem forte do futebol corintiano, Renato Duprat, Nilmar, seu agente, Orlando da Hora, e seus advogados, Breno Tannuri e André Ribeiro, o clube decidiu trocar de advogado.

Substituiu Marcos Motta por Paulo Rogério Amoretty, que tem larga experiência na Fifa, e prometeu mudar a linha de conduta, como exigia Tannuri.

"Ficamos bem perto de um acerto. O senhor Dualib e o Renato Duprat assumiram a situação, e o Nilmar pode voltar", afirmou Tannuri.

Alegando "jogo duplo" do clube alvinegro, ele e Da Hora tiraram Nilmar da concentração corintiana quinta-feira.

Eles acusavam o Corinthians de "traição" na estratégia jurídica acordada para a defesa na ação movida pelo Lyon na Fifa, que pede a volta do jogador pelo não-pagamento de 8 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões).

Sustentavam que os corintianos informavam à entidade não terem vínculo com Nilmar, enquanto há um contrato entre as partes até o final deste ano.

Isso, na avaliação de Tannuri, enterraria as chances de vitória na Fifa. Por outro lado, se o clube admitir que tem vínculo com o jogador pode alegar que o contratou de seu procurador, que possui atestado liberatório protocolado pelo Lyon na Federação Francesa.

Ontem, o clube admitiu que houve "equívoco externo" na estratégia jurídica. E atribuiu a Marcos Motta, que tem relação estreita com Kia Joorabchian, a alegação de que o clube não tem interesse no atacante.

Para Tannuri, Kia não torce pela vitória do Corinthians na Fifa, pois deseja levar o jogador para o Flamengo.

Motta diz que o Corinthians tem acesso a toda documentação de defesa enviada à Fifa.

"Suponho que [a troca] seja por um desencontro de linhas ou uma questão política", disse Motta. "Tudo o que eu quero é que o Corinthians não pague os 8 milhões de euros. A linha de defesa que eu segui foi para isso."

Além de alinhamento jurídico, o estafe de Nilmar exige um acerto financeiro. Segundo cartolas corintianos, cobra luvas para o atleta, de pouco mais de R$ 3 milhões, e comissão para Da Hora pela transferência do jogador no ano passado --R$ 1,8 milhão. Ele move processo contra a parceria.

Os corintianos, aliás, alegam que a saída de Nilmar está relacionada ao fato de o técnico Emerson Leão não ter liberado o jogador para comparecer a audiência sobre essa ação.

"O Nilmar quer receber o que o Lyon exige, mas não podemos correr o risco de pagá-lo e depois ter de pagar o Lyon", disse Duprat.

Além de Nilmar, o Corinthians precisa acertar dívida de US$ 700 mil (cerca de R$ 1,6 milhão) com o Yokohama Marinos pelo empréstimo de Magrão. Os japoneses cobram o clube desde o ano passado, como revelou a reportagem. O clube diz que pode repassar os direitos de um jogador ao Marinos.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Corinthians
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página