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22/01/2007 - 09h00

Em crise financeira, Palmeiras elege presidente

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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo

"Eu fui péssimo no futebol, mas a diretoria atual foi pior. Tem de ir para casa." A frase do ex-presidente palmeirense Mustafá Contursi dá o tom de como será a disputa pelos votos dos conselheiros na eleição de hoje à noite no Palmeiras.

Affonso della Monica, candidato à reeleição, e o opositor Roberto Frizzo, situacionista até novembro de 2006, duelam pela presidência em meio à troca de acusações para saber qual grupo político tem mais culpa na atual crise financeira.

O déficit em 2006 foi de R$ 37 milhões, e a maior parte das receitas de 2007 já foi usada pelos cartolas para quitar dívidas.

"Só que mais da metade desse valor foi gerado na gestão do Mustafá", diz Gilberto Cipullo, atual diretor de futebol e candidato a vice de Della Monica. Esse rombo deixa fora da plataforma dos dois candidatos as grandes contratações.

"O clube hoje não tem como fazer grandes investimentos. Mas, com criatividade, podemos ser competitivos", explica Cipullo. Se o presidente se reeleger, ele seguirá como principal responsável pela equipe.

"Vamos observar o Paulista, vai ficar para o Brasileiro quem tiver condições de participar de um time capaz de brigar pelos primeiros lugares, inclusive pelo primeiro", aponta Cipullo.

Tanto Della Monica quanto Frizzo falam em parcerias. Mas, hoje, a única solução é vender atletas de um time que tem como únicas estrelas os veteranos Edmundo e Marcos.

"Atrasamos os salários de dezembro, direitos de imagem e parte das férias, mas o quadro não é desesperador. Podemos vender alguns ativos, que são os atletas", afirma Cipullo.

Ele culpa a administração anterior, de Mustafá, que apóia Frizzo, pelo buraco. Diz que o ex-presidente deixou dinheiro em caixa, mas que o clube estava abandonado, exigindo reformas, e o time tinha atletas fracos, necessitando reforços.

"Eu me dediquei à exaustão para deixar o clube rico, assim meus sucessores poderiam fazer algo melhor do que eu. Não fizeram. Agora vamos trocar de presidente de novo, mas devendo os tubos", rebate Mustafá.

Ele reclama dos altos gastos de Della Monica com o futebol, que consumiu R$ 63 milhões só em 2006. O valor foi desembolsado em contratações, salários e outras despesas. Cipullo responde com o balanço de 2004, último ano de Mustafá. "Ele gastou R$ 48 milhões".

Nos dois casos, a gastança não trouxe títulos. E nem recheou o elenco de craques. Tanto oposição como situação acreditam na vitória por cerca de 30 votos de vantagem.

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