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03/02/2007
-
10h01
SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio
Esporte que mais medalhas deu para o Brasil em Olimpíadas (11), o iatismo pode ficar de fora do Pan e, por tabela, inviabilizar a candidatura do Rio a sede da Olimpíada-2016.
Na manhã de ontem, o uruguaio Julio Maglione, chefe da comissão de inspeção da Odepa (entidade que controla o esporte nas Américas), vetou o projeto "reduzido" apresentado pelo Co-Rio (comitê organizador dos Jogos) para a Marina da Glória receber a vela em julho.
A decisão da comissão de inspeção será enviada para o presidente da Odepa, Mario Vázquez Raña, que anunciará nos próximos dias a posição da entidade. "Não sei qual será, mas ele pode decidir por não ter vela", afirmou Maglione, pouco antes de deixar o Brasil.
A ameaça da Odepa criou ontem um mal-estar entre os dirigentes brasileiros. Logo após Maglione censurar o projeto reduzido de aproveitamento da Marina no evento, o secretário municipal do Pan, Ruy Cezar, declarou que a candidatura olímpica da cidade para 2016 deverá ser "repensada", caso o iatismo fique fora dos Jogos.
"Não podemos entrar numa candidatura apenas para concorrer. Se temos fora do Pan um esporte que é do presidente do Comitê Olímpico Internacional [Jacques Rogge] e seu filho é medalhista também nele, já saímos muito prejudicados na disputa", disse Cezar.
A polêmica sobre a possível retirada do iatismo do calendário do Pan deve-se aos problemas judiciais envolvendo a reforma da Marina da Glória.
Desde setembro, a obra está embargada na Justiça porque a EBTE (Empresa Brasileira de Terraplenagem e Engenharia), órgão que ganhou a concessão para explorar a área, não conseguiu autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Na segunda, o presidente do Co-Rio, Carlos Arthur Nuzman, recuou, abriu mão do "padrão olímpico" e aceitou "as áreas já existentes para abrigar os 87 barcos" na Marina.
Maglione, contudo, não topou ontem a queda do padrão.
O uruguaio disse que a "única opção viável para a realização do torneio implicará num prejuízo do nível de organização".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Pan-2007
Iatismo pode deixar Pan-2007 após veto da Odepa
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Esporte que mais medalhas deu para o Brasil em Olimpíadas (11), o iatismo pode ficar de fora do Pan e, por tabela, inviabilizar a candidatura do Rio a sede da Olimpíada-2016.
Na manhã de ontem, o uruguaio Julio Maglione, chefe da comissão de inspeção da Odepa (entidade que controla o esporte nas Américas), vetou o projeto "reduzido" apresentado pelo Co-Rio (comitê organizador dos Jogos) para a Marina da Glória receber a vela em julho.
A decisão da comissão de inspeção será enviada para o presidente da Odepa, Mario Vázquez Raña, que anunciará nos próximos dias a posição da entidade. "Não sei qual será, mas ele pode decidir por não ter vela", afirmou Maglione, pouco antes de deixar o Brasil.
A ameaça da Odepa criou ontem um mal-estar entre os dirigentes brasileiros. Logo após Maglione censurar o projeto reduzido de aproveitamento da Marina no evento, o secretário municipal do Pan, Ruy Cezar, declarou que a candidatura olímpica da cidade para 2016 deverá ser "repensada", caso o iatismo fique fora dos Jogos.
"Não podemos entrar numa candidatura apenas para concorrer. Se temos fora do Pan um esporte que é do presidente do Comitê Olímpico Internacional [Jacques Rogge] e seu filho é medalhista também nele, já saímos muito prejudicados na disputa", disse Cezar.
A polêmica sobre a possível retirada do iatismo do calendário do Pan deve-se aos problemas judiciais envolvendo a reforma da Marina da Glória.
Desde setembro, a obra está embargada na Justiça porque a EBTE (Empresa Brasileira de Terraplenagem e Engenharia), órgão que ganhou a concessão para explorar a área, não conseguiu autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Na segunda, o presidente do Co-Rio, Carlos Arthur Nuzman, recuou, abriu mão do "padrão olímpico" e aceitou "as áreas já existentes para abrigar os 87 barcos" na Marina.
Maglione, contudo, não topou ontem a queda do padrão.
O uruguaio disse que a "única opção viável para a realização do torneio implicará num prejuízo do nível de organização".
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