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15/02/2007
-
09h00
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Enquanto pena para honrar a folha de pagamento do departamento de futebol, o Corinthians tem de conseguir pelo menos R$ 600 mil para tentar se livrar de punições milionárias ordenadas pela Fifa.
Para defender o Corinthians contra os franceses do Lyon no caso Nilmar, o clube tem de pagar honorários desta monta aos advogados, valor que corresponde ao dobro do que o São Caetano pediu para emprestar o lateral-esquerdo Triguinho.
Não houve acerto porque o Corinthians, carente nessa posição, alegou falta de dinheiro.
Depois de ser condenado a pagar 8 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões) naquele episódio, a principal entidade do futebol determinou que o clube do Parque São Jorge acerte seus atrasados com o treinador Daniel Passarella.
O argentino entrou com ação em 2005 na câmara que discute as relações internacionais entre clubes e atletas por quebra unilateral de contrato.
Passarella, que ficou só dois meses no Corinthians, tinha contrato até fevereiro de 2006 e recebia R$ 335 mil mensais.
Na ação, ele pedia cerca de R$ 3,5 milhões. A Fifa ordenou que o clube pague aproximadamente R$ 2 milhões.
"Como depois que entramos com a ação eles chegaram a pagar alguma coisa, ficou determinado esse valor", disse Mário Waissman, advogado do técnico, hoje no River Plate.
Em sua defesa, o clube alegava que Passarella não fora demitido, pois seu contrato previa outras atribuições ao treinador, como ser consultor internacional. Os advogados do argentino confirmam as outras funções, mas sustentavam que todas estavam condicionadas a seu trabalho como treinador.
Foi também o que a Fifa entendeu. Agora, assim como ocorreu no caso Nilmar, o clube deve recorrer à Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suíça. Quem defendeu o clube no caso Passarella foi o advogado Marcos Motta, ligado ao iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, parceira do Corinthians há dois anos.
Do mesmo modo em que ele foi substituído na questão de Nilmar, o clube deve chamar Paulo Rogério Amoretty para preparar o recurso. "Até agora não fomos avisados de nada. Estamos apenas com o caso Nilmar. Se eles quiserem, teremos de fazer um novo acordo", diz o advogado Marcel Amoretty, filho de Paulo Rogério.
Segundo a reportagem apurou, os corintianos não acharam a punição tão ruim. Dizem que esperavam até um valor maior.
Dirigentes chegaram a dizer que a dívida será paga pela MSI, que está em atrito com o presidente Alberto Dualib.
A parceira, no entanto, reclama de que o clube não tem repassado receitas do futebol que a ela, por contrato, pertencem.
Caso perca na Corte Arbitral nos dois casos, os corintianos terão uma dívida de cerca de R$ 24 milhões, além dos honorários advocatícios.
"Não posso falar agora, mas não temos como perder no caso do Nilmar", afirma, confiante, Renato Duprat, atual homem forte do futebol corintiano. "Mas no nosso caso não tem como eles ganharem o recurso. É muito claro. O Passarella foi demitido, e eles não pagaram", declara Waismann.
Especial
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Caso Passarella expande dívidas do Corinthians
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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Enquanto pena para honrar a folha de pagamento do departamento de futebol, o Corinthians tem de conseguir pelo menos R$ 600 mil para tentar se livrar de punições milionárias ordenadas pela Fifa.
Para defender o Corinthians contra os franceses do Lyon no caso Nilmar, o clube tem de pagar honorários desta monta aos advogados, valor que corresponde ao dobro do que o São Caetano pediu para emprestar o lateral-esquerdo Triguinho.
Não houve acerto porque o Corinthians, carente nessa posição, alegou falta de dinheiro.
Depois de ser condenado a pagar 8 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões) naquele episódio, a principal entidade do futebol determinou que o clube do Parque São Jorge acerte seus atrasados com o treinador Daniel Passarella.
O argentino entrou com ação em 2005 na câmara que discute as relações internacionais entre clubes e atletas por quebra unilateral de contrato.
Passarella, que ficou só dois meses no Corinthians, tinha contrato até fevereiro de 2006 e recebia R$ 335 mil mensais.
Na ação, ele pedia cerca de R$ 3,5 milhões. A Fifa ordenou que o clube pague aproximadamente R$ 2 milhões.
"Como depois que entramos com a ação eles chegaram a pagar alguma coisa, ficou determinado esse valor", disse Mário Waissman, advogado do técnico, hoje no River Plate.
Em sua defesa, o clube alegava que Passarella não fora demitido, pois seu contrato previa outras atribuições ao treinador, como ser consultor internacional. Os advogados do argentino confirmam as outras funções, mas sustentavam que todas estavam condicionadas a seu trabalho como treinador.
Foi também o que a Fifa entendeu. Agora, assim como ocorreu no caso Nilmar, o clube deve recorrer à Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne, na Suíça. Quem defendeu o clube no caso Passarella foi o advogado Marcos Motta, ligado ao iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI, parceira do Corinthians há dois anos.
Do mesmo modo em que ele foi substituído na questão de Nilmar, o clube deve chamar Paulo Rogério Amoretty para preparar o recurso. "Até agora não fomos avisados de nada. Estamos apenas com o caso Nilmar. Se eles quiserem, teremos de fazer um novo acordo", diz o advogado Marcel Amoretty, filho de Paulo Rogério.
Segundo a reportagem apurou, os corintianos não acharam a punição tão ruim. Dizem que esperavam até um valor maior.
Dirigentes chegaram a dizer que a dívida será paga pela MSI, que está em atrito com o presidente Alberto Dualib.
A parceira, no entanto, reclama de que o clube não tem repassado receitas do futebol que a ela, por contrato, pertencem.
Caso perca na Corte Arbitral nos dois casos, os corintianos terão uma dívida de cerca de R$ 24 milhões, além dos honorários advocatícios.
"Não posso falar agora, mas não temos como perder no caso do Nilmar", afirma, confiante, Renato Duprat, atual homem forte do futebol corintiano. "Mas no nosso caso não tem como eles ganharem o recurso. É muito claro. O Passarella foi demitido, e eles não pagaram", declara Waismann.
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