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28/04/2007 - 09h20

Popó busca unificação dos cinturões dos leves contra Juan Diaz

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EDUARDO OHATA
Enviado da Folha de S.Paulo a Mashantucket

É com a imagem de um azarão velho que Acelino Freitas, o Popó, sobe ao ringue este sábado, por volta das 23h15 (de Brasília), com transmissão da Rede TV e da ESPN Brasil, para unificar os cinturões dos leves (61,2 kg) da AMB (Associação Mundial de Boxe) e da OMB (Organização Mundial de Boxe), contra o americano Juan Diaz, em Connecticut (EUA).

O brasileiro está fora dos rankings independentes feitos por especialistas, amarga o papel de zebra nas bolsas de apostas e ouve apregoarem a luta de hoje como "a passagem da tocha".

"Isso não me incomoda. Não sou americano, não fico nos Estados Unidos o tempo todo, não ando por aqui. Então é normal acontecer", justifica Popó sobre sua atual situação. "Quero ver o Brasil no topo do boxe."

"É um momento histórico, um dos mais importantes combates de Freitas. Dizem que ele está velho, que seu tempo já passou. Mas isso fará nossa vitória melhor", diz Oscar Suarez, co-treinador do baiano.

Popó foi retirado dos rankings independentes das publicações "The Ring" e "Boxing Digest" após anunciar sua aposentadoria. Porém, mesmo depois de ter voltado atrás três dias depois, não retornou.

No ranking da "The Ring" referente a meados de setembro de 2006, Popó aparecia como o quarto leve do mundo. Diaz figurava em sétimo. Na edição seguinte, Popó já havia sido removido, e "El Torito" era o quinto --hoje está em segundo.

Na "Boxing Digest", fenômeno semelhante ocorreu. A revista traz Diaz em sexto. Também na seção anual em que a "The Ring" apresenta o "melhor pegador" de cada categoria, "as melhores lutas que poderiam ser feitas" e "melhor luta do ano", e na qual era habitué, Popó foi "esquecido".

As bolsas de apostas abriram com Popó como azarão na proporção de 2,75 por 1. Seu último combate, no qual reconquistou o título dos leves da OMB, é lembrado de forma negativa.

E, na entrevista coletiva, Don King e outros se referiram como "o momento de Freitas passar a tocha a Diaz". "Na vida tudo evolui. Veja que este cassino está construindo novas edificações. Assim também é no boxe", filosofou o promotor.

Questionados pela reportagem, Popó e Diaz reconhecem que a situação atual lembra aquela na qual Popó derrotou o cubano Joel Casamayor em 2002: o jovem e ambicioso campeão contra seu mais perigoso e conhecido adversário. Só que agora, para o lutador brasileiro, seu papel foi invertido.

"É, só que eu venci meu adversário daquela vez. E Diaz não vai [ganhar]", falou Popó.

"Claro [que a situação é parecida]. Todos dizem que essa é minha mais importante luta. Assim como ele fez com Casamayor, devo fazer com ele. Para tomar o lugar de alguém você deve bater esse alguém'', disse Diaz, 23, que em um ano e meio se formará em direito pela Universidade de Houston.

Em teleconferência com a imprensa, Popó, 31, deu resposta ríspida ao ser questionado sobre a diferença de idade. "Vou mostrar quem é o velho."

Ele terá sua mulher, Eliana Guimarães, que desembarcou ontem em Connecticut, ao lado do ringue. "Chegamos de última hora porque não queríamos perturbar sua preparação, já que o Popozinho [filho do casal, de 1 ano e sete meses] é muito pequeno ainda."

O jornalista EDUARDO OHATA viaja a convite da Banner Promotions

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