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07/05/2007
-
09h00
da Folha de S.Paulo
Momentos antes de a partida de domingo terminar, Vanderlei Luxemburgo repetiu um gesto que já se tornou rotineiro em dias de conquistas. Com o placar garantindo o seu segundo título estadual pelo Santos, o sétimo na carreira, o treinador se encaminhou para os vestiários batendo no peito e gesticulando para a torcida, deixando a festa para o time.
Mas, na hora da entrevista coletiva, antes de responder a qualquer pergunta, o treinador santista pediu a palavra, naquilo que classificou como um "pronunciamento'.
"Tive alguns percalços na minha vida durante esta semana", disse Luxemburgo, antes de ser interrompido por um beijo do zagueiro Antônio Carlos. Referia-se às declarações de Rodrigo Tiuí e Pedro, jogadores que deixaram o Santos na última semana, acusando o treinador de barrá-los no clube.
Dizendo-se perseguido por parte da imprensa, Luxemburgo reclamou da dimensão que as declarações dos ex-atletas santistas tomaram. "Tentam me rotular, e a situação esta semana criou desconforto muito grande, numa decisão, pela fala de um atleta. Não buscam informações precisas."
De acordo com Tiuí, o treinador o obrigou a assinar um contrato com um procurador que era seu amigo. Como não concordou, foi dispensado. Tiuí é empresariado por Teodoro Fonseca, procurador com quem Luxemburgo diz que nem ele nem o Santos trabalharão mais, salvo nos casos de Cléber Santana e Adaílton, que já estão no clube.
"Minha briga é pelo futebol brasileiro, que não pode ficar na mão de empresários. E o Tiuí e o Pedro foram influenciados pelo empresário", defendeu-se o treinador. "Minha vida foi vasculhada em uma CPI e não encontraram nada de errado. Desafio qualquer um a provar qualquer coisa contra mim", completou.
Então, Luxemburgo dedicou o título a Tiuí e a Pedro que, segundo ele, ajudaram bastante o time no campeonato. Luxemburgo classificou o título como o mais difícil da carreira por causa do regulamento.
"Tivemos 19 jogos e depois jogamos com o Bragantino [no mata-mata], que se classificou com 15 pontos a menos, e podia ter nos tirado da final", disse. Na última preleção aos atletas, o técnico usou vídeo com momentos do time ao longo do torneio, embalado por música de Chitãozinho e Xororó que falava de luta e vitória.
"Criamos um aspecto positivo, pois não era difícil fazer gols no São Caetano. Tínhamos de jogar com força e intimidar o time deles", explicou ele, que também elogiou Moraes, autor do gol do título.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o São Caetano
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Luxemburgo dedica título do Santos a desafetos
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Momentos antes de a partida de domingo terminar, Vanderlei Luxemburgo repetiu um gesto que já se tornou rotineiro em dias de conquistas. Com o placar garantindo o seu segundo título estadual pelo Santos, o sétimo na carreira, o treinador se encaminhou para os vestiários batendo no peito e gesticulando para a torcida, deixando a festa para o time.
Mas, na hora da entrevista coletiva, antes de responder a qualquer pergunta, o treinador santista pediu a palavra, naquilo que classificou como um "pronunciamento'.
"Tive alguns percalços na minha vida durante esta semana", disse Luxemburgo, antes de ser interrompido por um beijo do zagueiro Antônio Carlos. Referia-se às declarações de Rodrigo Tiuí e Pedro, jogadores que deixaram o Santos na última semana, acusando o treinador de barrá-los no clube.
Dizendo-se perseguido por parte da imprensa, Luxemburgo reclamou da dimensão que as declarações dos ex-atletas santistas tomaram. "Tentam me rotular, e a situação esta semana criou desconforto muito grande, numa decisão, pela fala de um atleta. Não buscam informações precisas."
De acordo com Tiuí, o treinador o obrigou a assinar um contrato com um procurador que era seu amigo. Como não concordou, foi dispensado. Tiuí é empresariado por Teodoro Fonseca, procurador com quem Luxemburgo diz que nem ele nem o Santos trabalharão mais, salvo nos casos de Cléber Santana e Adaílton, que já estão no clube.
"Minha briga é pelo futebol brasileiro, que não pode ficar na mão de empresários. E o Tiuí e o Pedro foram influenciados pelo empresário", defendeu-se o treinador. "Minha vida foi vasculhada em uma CPI e não encontraram nada de errado. Desafio qualquer um a provar qualquer coisa contra mim", completou.
Então, Luxemburgo dedicou o título a Tiuí e a Pedro que, segundo ele, ajudaram bastante o time no campeonato. Luxemburgo classificou o título como o mais difícil da carreira por causa do regulamento.
"Tivemos 19 jogos e depois jogamos com o Bragantino [no mata-mata], que se classificou com 15 pontos a menos, e podia ter nos tirado da final", disse. Na última preleção aos atletas, o técnico usou vídeo com momentos do time ao longo do torneio, embalado por música de Chitãozinho e Xororó que falava de luta e vitória.
"Criamos um aspecto positivo, pois não era difícil fazer gols no São Caetano. Tínhamos de jogar com força e intimidar o time deles", explicou ele, que também elogiou Moraes, autor do gol do título.
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