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22/05/2007 - 09h44

Polêmica, Seletiva de hipismo para o Pan pode terminar sem classificados

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LUÍS FERRARI
da Folha de S.Paulo

Iniciada com 70 conjuntos atrás de três vagas, a seletiva nacional do hipismo chegou na segunda-feira à metade com 11 sobreviventes. Deles, apenas um, o vencedor, Vitor Alves Teixeira, está dentro do critério técnico estipulado pela confederação para compor o time do Pan.

Se nenhum conjunto encerrar o processo dentro da meta estipulada pelos dirigentes (28 pontos perdidos em duas competições), as três vagas remanescentes da equipe nacional que vai ao Pan serão preenchidas por critérios subjetivos. E podem ficar com cavaleiros radicados na Europa.

Após convocar Bernardo Alves e Rodrigo Pessoa (que atuam naquele continente), a CBH (Confederação Brasileira de Hipismo) abriu seletiva nacional para preencher as outras três vagas do time.

São dois eventos, em que cada conjunto realiza três percursos. Quem somar mais de 28 pontos perdidos nas duas competições está fora do Pan.

Na prova encerrada ontem em São Paulo, Teixeira ficou com 12,68 pontos. Ele é o único que assegura vaga no Pan se repetir sua performance na etapa final da seletiva, que acontece no Rio --na pista dos Jogos- no início de junho.

Atrás dele, há dez conjuntos que não cumprirão o critério técnico se repetirem o que fizeram em SP. É o caso de Rodrigo Sarmiento, o único ginete a "zerar" -completar o percurso de hoje sem cometer faltas e dentro do tempo limite.

"Agora tenho que ganhar a prova de caça [velocidade] e zerar as outras duas no Rio", diz ele, que acumula 23,38 pontos.

Apesar da situação difícil --se derrubar um único obstáculo ele já estará muito perto do limite de 28 pontos, pois cada falta acrescenta quatro à pontuação do conjunto--, Sarmiento elogia o critério da CBH, definido a partir do desempenho das equipes medalhistas de bronze nos últimos quatro Pans.

"O nível tem que ser este mesmo. Se não conseguir fazer a média, não tem que ir ao Pan."

Já Teixeira critica o sistema de seleção, apesar do resultado favorável. "Sou contra esse critério técnico, acho absurdo e infeliz", resume o veterano de três Olimpíadas e cinco Pans.

Para ele, que monta Petra Z, égua da filha do publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, o maior problema na meta imposta pela CBH é o fato de os brasileiros terem tido, na seletiva, o primeiro contato com o piso que será usado no Pan.

Em quarto lugar na seletiva (16,51 pontos), Karina Johannpeter aponta que o índice técnico foi "extremamente exigente". Bronze por equipes em Santo Domingo-03, ela defende que os três primeiros da seletiva deviam ir à equipe do Pan, independentemente da pontuação que fizerem.

Já Maurício Manfredi, presidente da CBH, aponta que a realidade dos conjuntos no país é mesmo ter poucos concorrentes à vaga na equipe do Pan.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Pan-2007
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