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30/06/2000
-
19h39
da Folha de S.Paulo
No torneio em que o aproveitamento em tie-breaks pode ser vital, Gustavo Kuerten ainda carrega o estigma de penar quando precisa definir sets por esse meio. O brasileiro disputa neste sábado, às 8h (de Brasília), contra o alemão Alexander Popp, vaga nas oitavas-de-final de Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada.
Número um do novo ranking mundial, Kuerten superou na estréia o norte-americano Chris Woodruff, 47º, por 3 sets a 1. Na quinta-feira, bateu (3 a 0) o sul-africano Justin Bower, oponente com posição (509º do ranking de entradas) mais insignificante a quem enfrentou desde que passou à elite do tênis, em 1997.
Tie-break, no tênis, é o desempate quando o set está 6 a 6. Para vencer, o jogador precisa fazer sete pontos e, além disso, ter margem de dois pontos sobre o rival.
Por conta de suas particularidades, Wimbledon favorece tie-breaks em série. O torneio inglês é disputado em quadra de grama, superfície em que são raras trocas longas de bola e que valoriza muito bons sacadores.
Das 64 partidas da primeira rodada, 34 (53%) tiveram sets definidos no desempate. Foram, ao todo, 41 tie-breaks. Na segunda rodada, houve tie-breaks em 17 das 32 partidas disputadas -o mesmo percentual de 53%. No total, ocorreram 20 desempates.
E, justamente em tie-breaks, o desempenho de Gustavo Kuerten não ultrapassa a linha mediana.
Desde o início da atual temporada, em janeiro, disputou 46 partidas oficiais. Precisou participar de 24 tie-breaks. Venceu 12 e perdeu outros 12. Contra Chris Woodruff, manteve a média: perdeu um (5/7), levou o seguinte (7/5).
No ano passado, nesta mesma fase da temporada e também 46 partidas, Kuerten precisara passar por somente nove tie-breaks.
Entre os dez primeiros colocados do ranking, até o início de Wimbledon, apenas o russo Marat Safin contabilizava mais tie-breaks este ano que Kuerten: 25 (17 vencidos e 8 perdidos).
Entre as estrelas que permanecem na corrida pelo título do Grand Slam inglês, o brasileiro está muito abaixo de Pete Sampras e Andre Agassi. Agassi tinha aproveitamento de 86% (seis vencidos e um perdido). Sampras disputou 17, levando 11 deles (65%).
Um espanhol aparece como mais temível: Alex Corretja triunfou em 10 de seus 11 tie-breaks no ano (91%). Nem colocou os pés em Wimbledon. Em protesto pelo fato de não serem escalados como cabeças-de-série, ele e seus compatriotas Juan Carlos Ferrero e Albert Costa se retiraram.
"É muito parelho o jogo em quadra de grama pelo fato de ser difícil quebrar o saque. Para fazer isso, você tem que arriscar ou torcer para o cara errar. Os jogos acabam decididos num errinho e, às vezes, no tie-break", diz Kuerten.
Ele considera que o "estado mental" determina o resultado dos desempates. "Tem alguns jogos que jogo bem (o tie-break). Depende da situação da partida e da fase que estou atravessando. Venho num momento bom."
O alemão Alexander Popp ocupa o posto de número 114 no ranking. Surpreendeu na segunda rodada, eliminando o norte-americano Michael Chang (3 sets a 2).
Com 2,00 m (contra 1,91 m de Kuerten), é o segundo jogador mais alto do circuito profissional (o mais alto é o suíço Marc Rosset, com 2,01 m). Popp tem no saque seu ponto forte. "É difícil quebrar o saque de um cara como ele", admite o brasileiro.
"Vou enfrentar o melhor jogador do mundo no saibro, mas que está provando ser bom na grama. Se pudesse escolher um piso para enfrentá-lo seria aqui", disse Popp, 20, que venceu seus dois tie-breaks no torneio.
Em 1999, Kuerten alcançou as quartas-de-final. Com os pontos já acumulados, tem assegurada sua permanência no topo do ranking até o final de Wimbledon.
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Tie-breaks são o principal adversário de Kuerten neste sábado
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No torneio em que o aproveitamento em tie-breaks pode ser vital, Gustavo Kuerten ainda carrega o estigma de penar quando precisa definir sets por esse meio. O brasileiro disputa neste sábado, às 8h (de Brasília), contra o alemão Alexander Popp, vaga nas oitavas-de-final de Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada.
Número um do novo ranking mundial, Kuerten superou na estréia o norte-americano Chris Woodruff, 47º, por 3 sets a 1. Na quinta-feira, bateu (3 a 0) o sul-africano Justin Bower, oponente com posição (509º do ranking de entradas) mais insignificante a quem enfrentou desde que passou à elite do tênis, em 1997.
Tie-break, no tênis, é o desempate quando o set está 6 a 6. Para vencer, o jogador precisa fazer sete pontos e, além disso, ter margem de dois pontos sobre o rival.
Por conta de suas particularidades, Wimbledon favorece tie-breaks em série. O torneio inglês é disputado em quadra de grama, superfície em que são raras trocas longas de bola e que valoriza muito bons sacadores.
Das 64 partidas da primeira rodada, 34 (53%) tiveram sets definidos no desempate. Foram, ao todo, 41 tie-breaks. Na segunda rodada, houve tie-breaks em 17 das 32 partidas disputadas -o mesmo percentual de 53%. No total, ocorreram 20 desempates.
E, justamente em tie-breaks, o desempenho de Gustavo Kuerten não ultrapassa a linha mediana.
Desde o início da atual temporada, em janeiro, disputou 46 partidas oficiais. Precisou participar de 24 tie-breaks. Venceu 12 e perdeu outros 12. Contra Chris Woodruff, manteve a média: perdeu um (5/7), levou o seguinte (7/5).
No ano passado, nesta mesma fase da temporada e também 46 partidas, Kuerten precisara passar por somente nove tie-breaks.
Entre os dez primeiros colocados do ranking, até o início de Wimbledon, apenas o russo Marat Safin contabilizava mais tie-breaks este ano que Kuerten: 25 (17 vencidos e 8 perdidos).
Entre as estrelas que permanecem na corrida pelo título do Grand Slam inglês, o brasileiro está muito abaixo de Pete Sampras e Andre Agassi. Agassi tinha aproveitamento de 86% (seis vencidos e um perdido). Sampras disputou 17, levando 11 deles (65%).
Um espanhol aparece como mais temível: Alex Corretja triunfou em 10 de seus 11 tie-breaks no ano (91%). Nem colocou os pés em Wimbledon. Em protesto pelo fato de não serem escalados como cabeças-de-série, ele e seus compatriotas Juan Carlos Ferrero e Albert Costa se retiraram.
"É muito parelho o jogo em quadra de grama pelo fato de ser difícil quebrar o saque. Para fazer isso, você tem que arriscar ou torcer para o cara errar. Os jogos acabam decididos num errinho e, às vezes, no tie-break", diz Kuerten.
Ele considera que o "estado mental" determina o resultado dos desempates. "Tem alguns jogos que jogo bem (o tie-break). Depende da situação da partida e da fase que estou atravessando. Venho num momento bom."
O alemão Alexander Popp ocupa o posto de número 114 no ranking. Surpreendeu na segunda rodada, eliminando o norte-americano Michael Chang (3 sets a 2).
Com 2,00 m (contra 1,91 m de Kuerten), é o segundo jogador mais alto do circuito profissional (o mais alto é o suíço Marc Rosset, com 2,01 m). Popp tem no saque seu ponto forte. "É difícil quebrar o saque de um cara como ele", admite o brasileiro.
"Vou enfrentar o melhor jogador do mundo no saibro, mas que está provando ser bom na grama. Se pudesse escolher um piso para enfrentá-lo seria aqui", disse Popp, 20, que venceu seus dois tie-breaks no torneio.
Em 1999, Kuerten alcançou as quartas-de-final. Com os pontos já acumulados, tem assegurada sua permanência no topo do ranking até o final de Wimbledon.
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