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25/01/2001 - 19h03

Final feminina do Aberto da Austrália opõe histórias distintas

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do enviado especial a Melbourne

A final feminina do Aberto da Austrália-2001, na madrugada do sábado, vai reunir duas histórias bem diferentes de talentos precoces do tênis mundial. De um lado, estará em ação a suíça Martina Hingis, 20, que com 18 anos já tinha cinco títulos amealhados em Grand Slams.

Do outro lado da quadra, vai estar a norte-americana Jennifer Capriati, 24, que com inacreditáveis 14 anos já disputava uma semifinal em Roland Garros.

Da glória inicial à final do primeiro Grand Slam da temporada 2001, as duas percorreram trajetórias totalmente diferentes.

Amparada por uma mãe superprotetora e por um amplo plano de marketing, que até divulga supostos namorados famosos para ela, Hingis, que nas semifinais em Melbourne massacrou a norte-americana Venus Williams por 2 a 0 (6/1 e 6/1), nunca conheceu o lado amargo da decadência.

Desde abril de 1997, a suíça, que já conquistou 69 títulos entre simples e duplas na carreira, só não ocupou o primeiro lugar do ranking mundial por 28 semanas.

Ao contrário do longo "conto de fadas" de Hingis, Capriati, que chega na final de um Grand Slam pela primeira vez na carreira depois de bater a compatriota Lindsay Davenport nas semifinais, tem uma história de vida que passa longe dos dólares, dos títulos e do glamour da suíça.

No início, a então "namoradinha da América" arrebentava dentro da quadra _na Olimpíada de Barcelona, em 1992, conquistou a medalha de ouro.

Depois, sob pressão por não ter conquistado um Grand Slam, Capriati sucumbiu.

Em dezembro de 1993, foi presa na Flórida acusada de roubar um valioso anel em uma joalheria. No ano seguinte, foi presa por uso de maconha e crack.

Com tantos problemas fora das quadras, Capriati abandonou o circuito para fazer um tratamento contra as drogas. Desde então, sua carreira nunca mais foi a mesma.

Sua primeira tentativa de retorno foi melancólica _perdeu na primeira rodada de um torneio nos EUA em novembro de 1994 e se afastou novamente, dessa vez por mais de um ano.

Capriati voltou a jogar em fevereiro de 1996, visivelmente acima do peso e acumulando seguidas derrotas em rodadas iniciais. Foi só no ano passado que a norte-americana voltou a se destacar no circuito. Campeã em Luxemburgo, terminou a última temporada no 14º lugar no ranking mundial.

Hoje, Capriati se recusa a falar sobre o seu passado. Em Melbourne, na semana passada, ameaçou deixar uma coletiva depois que um repórter a indagou sobre seu envolvimento com as drogas.

No Aberto da Austrália, Capriati faz uma campanha impecável _em seis jogos, perdeu apenas dois sets. No seu caminho, além de Davenport, venceu outra favorita ao título _a também norte-americana Monica Seles.

"Eu acho que esse é o melhor tênis que já joguei, especialmente sendo uma semifinal de Grand Slam", disse Capriati após a vitória de 2 a 0 (6/3 e 6/4) sobre Davenport, atual campeã do torneio.

Hingis, que no ano passado não conquistou títulos em Grand Slams, ficou perto de ter a chance de disputar duas finais no Aberto da Austrália.

Depois de garantir vaga na decisão da chave individual, a suíça, ao lado de Seles, perdeu a semifinal do torneio de duplas para as irmãs Williams.

A ESPN Internacional exibe o jogo ao vivo, à 0h30 de sábado.
 

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