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13/02/2001
-
20h39
da Folha de S.Paulo
O empresário uruguaio Juan Figer, que atua no Brasil como agente de jogadores, confirmou hoje à CPI da CBF/Nike que atletas brasileiros vendidos oficialmente para clubes uruguaios são revendidos para outras equipes sem atuar no Uruguai.
Figer negou, no entanto, que a prática tenha o objetivo de reduzir o pagamento de impostos.
Para ele, isso ocorre porque clubes uruguaios investem em transações de jogadores, principalmente brasileiros, que são atletas com boa fama mundial.
Deputados da CPI acreditam que a triangulação é feita para evitar o pagamento de impostos. Na prática, haveria uma venda de jogadores brasileiros para clubes europeus, e a passagem pelo Uruguai ocorreria apenas porque a taxação dessas operações é mais baixa nesse país que no Brasil.
"É normal acontecer (a transferência sem atuação no Uruguai) porque o que está sendo adquirido são os direitos financeiros (sobre o passe do jogador)", disse Figer.
Segundo informações da CPI, Figer intermediou a comercialização de 19 jogadores brasileiros para clubes uruguaios. A maior parte deles não chegou a jogar naquele país.
O empresário afirmou que os clubes uruguaios fazem o registro dos jogadores para ter garantia sobre seus investimentos.
Para Figer, a passagem de jogadores brasileiros pelo Uruguai pode aumentar devido ao artigo da Lei Pelé que trata sobre o passe.
O depoimento do empresário começou logo depois das 15h. Ele foi questionado sobre se havia ou não declarado carros que possui à Receita Federal. Figer respondeu afirmativamente, fazendo o mesmo quando foi questionado sobre ações que possui em empresas do Uruguai e da Argentina.
O empresário negou qualquer tipo de participação na falsificação de passaportes portugueses que foram encontrados com jogadores brasileiros que atuam na Europa, alguns dos quais ele foi ou é agente.
A falsificação é utilizada para que o jogador se torne um atleta da Comunidade Econômica Européia, podendo assim conseguir contratos melhores em clubes europeus. Os países da Europa têm cotas fixas para o número de atletas de fora da comunidade.
Figer disse que o atacante Warley foi vendido com sua intermediação para a Udinese (Itália) como um jogador brasileiro e, só depois, sem seu conhecimento, obteve um passaporte português falsificado.
O empresário disse que o passaporte português obtido por Edu, ex-Corinthians, para atuar no Arsenal (Inglaterra) foi encomendado a um despachante de Portugal. Segundo Figer, o avô de Edu é português.
O empresário disse que só mais tarde soube que o despachante pertencia a uma quadrilha de falsificação de documentos e tinha conseguido o passaporte falso.
Figer afirmou ainda que nunca intermediou a venda de nenhum jogador brasileiro menor de 18 anos para clubes estrangeiros.
Figer confirma na CPI triangulações com o Uruguai
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O empresário uruguaio Juan Figer, que atua no Brasil como agente de jogadores, confirmou hoje à CPI da CBF/Nike que atletas brasileiros vendidos oficialmente para clubes uruguaios são revendidos para outras equipes sem atuar no Uruguai.
Figer negou, no entanto, que a prática tenha o objetivo de reduzir o pagamento de impostos.
Para ele, isso ocorre porque clubes uruguaios investem em transações de jogadores, principalmente brasileiros, que são atletas com boa fama mundial.
Deputados da CPI acreditam que a triangulação é feita para evitar o pagamento de impostos. Na prática, haveria uma venda de jogadores brasileiros para clubes europeus, e a passagem pelo Uruguai ocorreria apenas porque a taxação dessas operações é mais baixa nesse país que no Brasil.
"É normal acontecer (a transferência sem atuação no Uruguai) porque o que está sendo adquirido são os direitos financeiros (sobre o passe do jogador)", disse Figer.
Segundo informações da CPI, Figer intermediou a comercialização de 19 jogadores brasileiros para clubes uruguaios. A maior parte deles não chegou a jogar naquele país.
O empresário afirmou que os clubes uruguaios fazem o registro dos jogadores para ter garantia sobre seus investimentos.
Para Figer, a passagem de jogadores brasileiros pelo Uruguai pode aumentar devido ao artigo da Lei Pelé que trata sobre o passe.
O depoimento do empresário começou logo depois das 15h. Ele foi questionado sobre se havia ou não declarado carros que possui à Receita Federal. Figer respondeu afirmativamente, fazendo o mesmo quando foi questionado sobre ações que possui em empresas do Uruguai e da Argentina.
O empresário negou qualquer tipo de participação na falsificação de passaportes portugueses que foram encontrados com jogadores brasileiros que atuam na Europa, alguns dos quais ele foi ou é agente.
A falsificação é utilizada para que o jogador se torne um atleta da Comunidade Econômica Européia, podendo assim conseguir contratos melhores em clubes europeus. Os países da Europa têm cotas fixas para o número de atletas de fora da comunidade.
Figer disse que o atacante Warley foi vendido com sua intermediação para a Udinese (Itália) como um jogador brasileiro e, só depois, sem seu conhecimento, obteve um passaporte português falsificado.
O empresário disse que o passaporte português obtido por Edu, ex-Corinthians, para atuar no Arsenal (Inglaterra) foi encomendado a um despachante de Portugal. Segundo Figer, o avô de Edu é português.
O empresário disse que só mais tarde soube que o despachante pertencia a uma quadrilha de falsificação de documentos e tinha conseguido o passaporte falso.
Figer afirmou ainda que nunca intermediou a venda de nenhum jogador brasileiro menor de 18 anos para clubes estrangeiros.
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