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15/02/2001 - 16h35

Alemanha desiste de proibir a permanência de atletas estrangeiros

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das agências internacionais

A resolução dos estados alemães de não concederem mais visto de permanência e trabalho para os esportistas estrangeiros de fora da União Européia não vingou.

Embora a medida tenha sido aprovada por unanimidade pelos secretários estaduais do Interior, os governos da Saxônia-Anhalt e de Baden-Württemberg desistiram de sua aplicação e romperam o consenso, obrigatório para a vigência de resoluções deste tipo.

A discriminação bloquearia principalmente o acesso dos atletas do Leste Europeu, da África e da América do Sul.

O recuo dos dois governos aconteceu depois da reação do parlamento federal, cuja Comissão de Esportes está convocando secretários estaduais e dirigentes esportivos para darem explicações.

Se por um lado todos concordam que algo precisa ser feito para renovar o esporte alemão, por outro a restrição total aos não-europeus é vista no parlamento como uma medida exagerada e sinal de discriminação. Além do mais, ela infringiria o princípio da livre competitividade da União Européia.

Segundo a resolução, apenas os clubes de primeira divisão (ou equivalente em cada modalidade esportiva) poderiam continuar contratando atletas de fora da União Européia, para se manterem competitivos.

Os contratos atuais, no entanto, seriam respeitados em todas as categorias. A medida fixava também remuneração mínima para os atletas terem direito a visto de moradia e trabalho.

A DSB (Confederação Alemã de Esportes) considera a resolução absolutamente adequada à necessidade de criar espaço para novos atletas alemães, o que deverá melhorar a competitividade internacional do país. Depois do fiasco na Eurocopa e na Olimpíada de Sydney, recuperar a qualidade do esporte alemão tem sido prioridade.

Apesar do fracasso da resolução, tudo indica que a liberdade total dos clubes alemães para contratação de estrangeiros está com seus dias contados. Tanto dentro como fora do parlamento são muitas as vozes que aconselham a criação de um sistema de cotas, como já existe no futebol italiano, francês e espanhol e até mesmo no handebol alemão.

A nova proposta fará parte do projeto de mudança do regulamento de permanência para trabalho, que está sendo preparado pelo Ministério do Interior.
 

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