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20/02/2001 - 19h27

Adversários de Eurico no Vasco deixam de depor na CPI

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da Folha de S.Paulo

Dois de três adversários do presidente do Vasco, deputado Eurico Miranda (PPB-RJ), que iriam depor hoje na CPI do Futebol desistiram e não estiveram no Senado.

O ex-conselheiro do clube Ivon Bernardo Morgado enviou à comissão um atestado médico para justificar sua ausência. João Manoel de Almeida, sócio do clube, mandou uma justificativa à comissão avisando que não poderia comparecer. De acordo com a CPI, ele alegou estar com problemas de saúde.

Com as desistências, só restou o depoimento do ex-presidente do clube Agathyrno da Silva Gomes.

Integrantes da CPI suspeitam que as desistências possam estar ligadas a pressões feitas por Eurico Miranda e seus aliados, mas não há provas disso.

Os dois haviam se oferecido para falar aos deputados da comissão sobre denúncias contra Eurico Miranda.

Na carta enviada à CPI, Morgado voltou a fazer críticas a Eurico Miranda e disse que se dispõe a depor em outra data. Os senadores não descartaram a possibilidade de Almeida ser chamado novamente.

Gomes, o único a depor, disse que se denúncias forem comprovadas Eurico Miranda pode ser afastado da presidência do clube.

Gomes insinuou que teria sofrido pressão para não ir prestar depoimento, porém não deu mais detalhes.

Agenda
Amanhã deverá depor na CPI o ex-conselheiro Levi Lafetá, que foi procurador do jogador Bebeto. Ele deverá apresentar denúncias contra Eurico Miranda envolvendo supostas irregularidades na venda do jogador para o La Coruña. Também presta depoimento Hércules Santana, ex-conselheiro do Vasco.

Eurico Miranda é suspeito de enriquecimento ilícito e de irregularidades no recebimento de um cheque de US$ 110 mil, supostamente descontado sem registro da operação cambial nem do ingresso dos recursos na contabilidade do Vasco.

Ontem, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, requisitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito criminal contra o deputado por indícios de prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro.

As primeiras providências recomendadas, após a instauração do inquérito, são o indiciamento do deputado e a quebra do sigilo bancário dele e de sua mulher, Sylvia Brandão de Oliveira Miranda, a partir de 1995.

 

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