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20/03/2001 - 20h42

Deputados pedem punição a falsificadores de passaportes

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da Sucursal de Brasília

A CPI da CBF/Nike, instalada na Câmara, divulgou hoje um sub-relatório no qual sugere à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que puna envolvidos na falsificação de passaportes usados por brasileiros que jogam na Europa. Ainda que seja preliminar, esse é o primeiro documento conclusivo divulgado pela CPI, que funciona há cinco meses.

A comissão pede a intervenção em clubes e federações nos quais "comprovadamente existirem procedimentos de falsificação de documentos de atletas".

A CPI também quer que a CBF descredencie agentes de jogadores cuja participação na falsificação de documentos seja provada.

O sub-relatório não relaciona quais clubes, federações e agentes deveriam ser punidos. No documento, preparado pelo deputado Jurandil Juarez (PMDB-AP), há um relato de depoimentos reunidos pela CPI sobre o assunto no Brasil e em viagens de congressistas ao exterior.

"Com estas investigações, a CPI dá um passo importante no sentido de extirpar esta prática criminosa que depõe contra as glórias do futebol brasileiro", afirma o deputado em seu sub-relatório.

Devido ao uso de passaportes falsos, jogadores brasileiros estão sendo processados em Portugal, Itália e outros países europeus.

Os atletas utilizam passaportes como se tivessem cidadania portuguesa e passam a atuar como jogadores originários de países da Comunidade Econômica Européia.

Os países europeus têm cotas para jogadores estrangeiros de fora da comunidade. Atletas com passaportes da Europa podem obter melhores contratos.

Representantes da CPI da CBF/Nike foram na última semana para a Europa. Eles discutiram a falsificação de passaportes e também a transferência de jogadores menores de 18 anos para clubes estrangeiros com dirigentes da Fifa e senadores belgas.

Segundo o presidente da CPI, Aldo Rebelo (PC do B-SP), foi encontrado um jogador que viajou para a Bélgica com 16 anos, no ano passado, esteve internado com tuberculose e hoje atua em um time amador, praticamente em troca de sustento.

Na Holanda, contou o deputado, foi encontrado um outro jogador que conseguiu vaga em um "bom clube", se tornou craque, mas precisou assinar um contrato de cinco anos em uma negociação controlada por holandeses.

"Apontamos a responsabilidade de dirigentes, empresários e principalmente de clubes", disse Rebelo.
 

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