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10/04/2001 - 23h40

Receita Federal investiga empresa de Teixeira

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da Sucursal de Brasília

A Receita Federal investiga uma transação imobiliária que envolve a empresa Minas Investimentos S/A Empreendimentos e Administração, da qual o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é sócio.

Há suspeitas de sonegação de impostos. O assunto foi levantado no depoimento do dirigente hoje à CPI da Câmara.

O deputado Eduardo Campos (PSB-PE) foi quem questionou Teixeira sobre a transação de compra do imóvel, composto por três prédios, em Búzios, área nobre do litoral norte do Rio de Janeiro. Ele estaria avaliado hoje em R$ 1 milhão.

O imóvel, de acordo com a CPI, não consta da declaração de pessoa física de Teixeira. A Minas não estaria declarando sua renda há dois anos.
"É uma negociação no mínimo suspeita", disse Campos.

Segundo a CPI, o imóvel foi construído nos anos 80 por Renato Mendonça Pacote, que os vendeu dez anos depois a Octávio Koeler Plácido Teixeira Jr., por cerca de US$ 16 mil.

Há suspeita que Teixeira Jr. seja sócio do presidente da CBF.
Em novembro de 1996, Teixeira Jr. vendeu o imóvel para a empresa Ameritech Holding Ltd., das Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.

Na época, a empresa, de acordo com a CPI, foi representada por um advogado que prestava serviços à CBF, conforme procuração conferida no Panamá.

A comissão da Câmara suspeita também que Teixeira seja sócio da Ameritech.

Em novembro de 1997, a Ameritech registrou uma promessa de venda do terreno à Minas Investimentos S/A Empreendimentos e Administração. O preço foi de US$ 500 mil, pagos à vista.

Pela Minas, teria assinado Marco Aurélio Teixeira, parente do presidente da CBF.

O imóvel, na transação, teve uma valorização de 33 vezes em apenas um ano.

Com a entrada da empresa das Ilhas Virgens, as partes envolvidas na transação podem ter burlado o fisco.

Teixeira disse que não há irregularidade no negócio, mas que iria, posteriormente, mostrar à CPI toda a documentação referente à transação.

Outro foco da investigação da Câmara é uma casa que Teixeira diz ter comprado, por US$ 800 mil, no ano passado, em Miami, na Flórida (EUA).

O imóvel, segundo o principal dirigente da CBF, foi comprado da empresa Globul Anstald. A CPI afirma que a sede da mesma é o principado de Liechtenstein, outro paraíso fiscal, situado na Europa.

O dirigente afirmou à CPI que o imóvel irá constar de sua declaração de imposto deste ano.

Segundo ele, a casa vinha sendo alugada da Globul, que teria pedido a ele uma proposta de compra. "Não sabemos se o negócio é irregular, mas algumas coisas precisam ser melhor explicadas", disse o deputado Dr. Rosinha (PT-PR).

O depoimento de Teixeira começou às 15h. Até as 23h, não havia terminado.


 

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