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05/05/2001
-
17h45
da Folha de S.Paulo
Com muitas desistências, o revezamento 4 x 100 m rasos, principal atrativo do Grande Prêmio Brasil de atletismo, no Rio, virou um arremedo da final da Olimpíada de Sydney-2000.
Desde o lançamento do GP, que acontece a partir das 9h, a revanche da final olímpica, vencida pelos Estados Unidos, tem sido o chamariz da competição.
A idéia dos organizadores era juntar as principais equipes que disputaram a prova em Sydney para um tira-teima: Estados Unidos (ouro), Brasil (prata), Cuba (bronze) e Jamaica (quarto lugar).
Não deu certo. A equipe norte-americana será uma espécie de "combinado", o Brasil tem seus atletas divididos em dois times, os cubanos não virão, e o time da Jamaica só terá dois titulares.
Dos quatro americanos que ganharam o ouro olímpico, apenas Bryan Lewis estará presente. Maurice Greene _recordista mundial dos 100 m rasos, com 9s79_, Jonathan Drummond e Bernard Williams, os outros membros da equipe, não vêm.
O próprio Lewis admite que a equipe americana não é das mais fortes. "Não diria que o time [dos EUA] é fraco, mas não é o original, o principal", disse o corredor, que nunca participou de uma prova de revezamento com os companheiros de amanhã.
O principal velocista brasileiro, Claudinei Quirino, também não correrá por causa de uma lesão sofrida no último fim de semana, em competição em Americana (128 km a noroeste de São Paulo).
Para completar, uma "doença coletiva" tirou a equipe de Cuba do GP Brasil. Segundo a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), os campeões olímpicos Ivan Pedroso (salto em distância) e Anier García (110 m com barreiras), além dos quatro membros do revezamento 4 x 100 m, alegaram estar doentes.
A CBAt irritou-se com a desistência, considerando o motivo da desistência uma mentira. Os cubanos anunciaram a decisão na tarde de quinta-feira passada.
A Jamaica participará com apenas dois de seus representantes na Olimpíada: Chris Williams e Llewelyn Bredwood. A Argentina, como azarão, completa a prova.
O grande número de ausentes diminui o caráter de desforra alardeado pelos organizadores.
Até hoje à noite, o time norte-americano tinha apenas dois componentes confirmados além de Lewis _Shawn Crawford e o veterano Dennis Mitchell, 35, cujo auge foi no início dos anos 90.
O Brasil participará com duas equipes. Na primeira delas correrão os medalhistas de prata Vicente Lenilson e André Domingos, além de Rafael Raymundo de Oliveira e Cláudio Roberto de Souza.
Na outra, competirão Édson Luciano Ribeiro (também prata), Marcello Brivilatti, Fábio Gonçalves Silva e o juvenil Bruno Tiago Campos, 18.
O objetivo da divisão é mesclar atletas mais experientes com os outros, a fim de treinar possíveis integrantes da equipe que vai ao Mundial de Edmonton (CAN).
"O Bruno Tiago é inseguro e participa pela primeira vez de uma competição como essa. Tenho de pôr alguém experiente como o Édson Luciano ao lado dele", disse o técnico Jayme Netto.
GP Brasil de atletismo fica sem a anunciada revanche de Sdyney
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Com muitas desistências, o revezamento 4 x 100 m rasos, principal atrativo do Grande Prêmio Brasil de atletismo, no Rio, virou um arremedo da final da Olimpíada de Sydney-2000.
Desde o lançamento do GP, que acontece a partir das 9h, a revanche da final olímpica, vencida pelos Estados Unidos, tem sido o chamariz da competição.
A idéia dos organizadores era juntar as principais equipes que disputaram a prova em Sydney para um tira-teima: Estados Unidos (ouro), Brasil (prata), Cuba (bronze) e Jamaica (quarto lugar).
Não deu certo. A equipe norte-americana será uma espécie de "combinado", o Brasil tem seus atletas divididos em dois times, os cubanos não virão, e o time da Jamaica só terá dois titulares.
Dos quatro americanos que ganharam o ouro olímpico, apenas Bryan Lewis estará presente. Maurice Greene _recordista mundial dos 100 m rasos, com 9s79_, Jonathan Drummond e Bernard Williams, os outros membros da equipe, não vêm.
O próprio Lewis admite que a equipe americana não é das mais fortes. "Não diria que o time [dos EUA] é fraco, mas não é o original, o principal", disse o corredor, que nunca participou de uma prova de revezamento com os companheiros de amanhã.
O principal velocista brasileiro, Claudinei Quirino, também não correrá por causa de uma lesão sofrida no último fim de semana, em competição em Americana (128 km a noroeste de São Paulo).
Para completar, uma "doença coletiva" tirou a equipe de Cuba do GP Brasil. Segundo a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), os campeões olímpicos Ivan Pedroso (salto em distância) e Anier García (110 m com barreiras), além dos quatro membros do revezamento 4 x 100 m, alegaram estar doentes.
A CBAt irritou-se com a desistência, considerando o motivo da desistência uma mentira. Os cubanos anunciaram a decisão na tarde de quinta-feira passada.
A Jamaica participará com apenas dois de seus representantes na Olimpíada: Chris Williams e Llewelyn Bredwood. A Argentina, como azarão, completa a prova.
O grande número de ausentes diminui o caráter de desforra alardeado pelos organizadores.
Até hoje à noite, o time norte-americano tinha apenas dois componentes confirmados além de Lewis _Shawn Crawford e o veterano Dennis Mitchell, 35, cujo auge foi no início dos anos 90.
O Brasil participará com duas equipes. Na primeira delas correrão os medalhistas de prata Vicente Lenilson e André Domingos, além de Rafael Raymundo de Oliveira e Cláudio Roberto de Souza.
Na outra, competirão Édson Luciano Ribeiro (também prata), Marcello Brivilatti, Fábio Gonçalves Silva e o juvenil Bruno Tiago Campos, 18.
O objetivo da divisão é mesclar atletas mais experientes com os outros, a fim de treinar possíveis integrantes da equipe que vai ao Mundial de Edmonton (CAN).
"O Bruno Tiago é inseguro e participa pela primeira vez de uma competição como essa. Tenho de pôr alguém experiente como o Édson Luciano ao lado dele", disse o técnico Jayme Netto.
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