19/05/2001 - 15h59

Corinthians contrata segurança para proteger torcedores

da Folha de S.Paulo

O Corinthians contratou uma empresa de segurança privada para acompanhar os torcedores a Ribeirão Preto. Segundo cálculos da diretoria corintiana, cerca de 10 mil pessoas sairão de São Paulo amanhã para assistir à final.

No total, 8.000 ingressos foram vendidos na capital paulista e, de acordo com a Gaviões da Fiel, outros 2.000 foram adquiridos por ela por intermédio de associados que moram em Ribeirão e os repassaram à sede da uniformizada em São Paulo.

Como é possível que a Polícia Militar faça a escolta apenas até a saída da cidade, o Corinthians resolveu, por conta própria, reforçá-la durante o resto do trajeto.

Os corintianos temem a possibilidade de confrontos com torcedores do Palmeiras, especialmente nas proximidades do estádio.

Para a diretoria, o time, mesmo jogando fora de casa, terá mais público presente no Santa Cruz do que os botafoguenses.

No total, foram vendidos 39,5 mil entradas, sendo que 500 serão distribuídas pela equipe do interior para sócios e torcedores ilustres locais.

Na terça-feira, logo após o treino do Corinthians, torcedores pediram a Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol, a cessão de 80 ônibus para levá-los ao interior. No final, a diretoria corintiana alugou 60 veículos para transportá-los.

Além dos "torcedores comuns", o Corinthians terá o apoio de seis executivos norte-americanos que vieram ao Brasil a convite do HMTF, fundo que comanda o futebol do clube paulista.

Na semana passada, no clássico contra o Santos, um grupo de 12 executivos do Texas, Estado norte-americano onde fica a sede do HMTF, esteve presente no Morumbi. Acompanhados do prefeito de Dallas, os empresários disseram ter ficado impressionados com a torcida corintiana, mas saíram reclamando das condições do estádio.

"Eles ficaram no camarote da Traffic [agência de marketing de J. Hawilla, da qual o HMTF é sócio] e de lá realmente não dá para ver muita coisa [os camarotes térreos não oferecem boa visão do campo]", disse Citadini, que tem feito críticas ao Morumbi, irritando a direção são-paulina.

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