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25/05/2001 - 00h11

Seleção brasileira faz amistoso contra o Verdy no Japão

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do enviado da Folha de S.Paulo a Tóquio

A preparação da seleção brasileira para a Copa das Confederações, que ocorre entre 30 de maio e 10 de junho, no Japão e na Coréia do Sul, é coerente com o torneio: sem relevância técnica, sem atrativo e dependente da política.

Desfalcada de seus principais jogadores, impedidos de serem convocados por um acordo da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com vários clubes, a equipe de Emerson Leão está desde terça-feira em Tóquio.

Na madrugada de sábado, às 5h (horário de Brasília, sem TV para o Brasil), a seleção faz amistoso com o Tokyo Verdy, clube poderoso nos bastidores mas que tem sido um fiasco em campo -hoje é o último colocado da J-League, a liga japonesa profissional de futebol, criada em 1993.

Um dos pioneiros do profissionalismo no país, o Verdy foi treinado por Leão em 1995, quando ainda não havia se mudado de Kawasaki para Tóquio, mas o técnico disse não ter tido nenhuma interferência na marcação do amistoso contra seu ex-clube.

Ao contrário, Leão afirmou que o jogo foi programado à sua revelia.

"Fiquei sabendo depois de marcado. Não tenho absolutamente nada a ver com esse Verdy. O que conheci era outro."

O amistoso foi comprado pela ONG japonesa Global Sports Alliance, que define como seus objetivos "a conscientização e ação sobre o meio ambiente mundial através de atividades esportivas" e batizou publicitariamente o confronto de "O Jogo do Sonho para as Futuras Gerações".

A comissão técnica da seleção elogiou a "motivação ecológica" da partida, mas Leão, mais uma vez, mostrou desconforto com a sua falta de autonomia.

"Não é uma situação ideal a seleção enfrentar um clube. Nunca nós viríamos ao Japão só para jogar contra o Verdy, mas, como preparação para um torneio, passa a ser válido", disse o treinador.

O motivo de escolher como adversário o último colocado da liga japonesa (que ainda terá sábado o desfalque de seus dois principais jogadores, o zagueiro Nakazawa e o meia Miura) transcende o futebol e a ecologia.

Apesar da "lanterna", o Verdy possui prestígio com a Associação Japonesa de Futebol e bom relacionamento com brasileiros.

Passada mais da metade do primeiro turno da J-League, o Verdy não é o único clube tradicional a dar vexame no Japão.

Das quatro equipes mais vencedoras do país, só o Jubilo Iwata, campeão em 1997 e 1999, se salva -é o líder. O Kashima Antlers é o antepenúltimo, e o Yokohama Marinos é o 13º colocado.

Por causa da Copa das Confederações, o primeiro turno da J-League terá uma paralisação. Projetado como laboratório para a Copa do Mundo de 2002, o torneio interseleções reúne no Japão e na Coréia do Sul os países campeões continentais.

Promovida pela Fifa desde 1992, a Copa das Confederações nunca foi, porém, prestigiada pelas principais forças do futebol mundial -desdém que permanece nesta edição. A outra grande atração do torneio além do Brasil, a França, também não terá seus principais astros, como o meia Zidane.

VERDY
Honnami; Nishida, Yamada, Hironaga e Kikuchi; Kobayashi, Kitazawa, Ogura e Nagai; Takeda e Ishiduka
Técnico: Matsuki Yasutaro

BRASIL
Dida; Zé Maria, Edmílson, Caçapa e Leo; Leomar, Vampeta, Vágner e Robert; Magno Alves e Anderson
Técnico: Emerson Leão

Local: Tokyo Stadium, em Tóquio
Horário: 5h (horário de Brasília) de sábado
Juiz: Akira Fuse (Japão)
 

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